AMD lança processadores FX Vishera: até 8 núcleos e 4,2 GHz

Modelo mais poderoso custa menos de US$ 200.

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

A AMD lançou hoje uma atualização na linha de processadores FX. Com codinome Vishera e arquitetura Piledriver, o modelo mais potente é o FX-8350, que possui oito núcleos e impressionantes 4,0 GHz de clock nativo, chegando a 4,2 GHz no modo turbo. Os chips possuem boa capacidade de overclock e foram pensados especialmente para gamers e entusiastas.

Será que a AMD finalmente conseguiu lançar um concorrente a altura do Core i7, para competir no mercado de alto desempenho? Infelizmente, não foi dessa vez. Apesar dos clocks altos e outros números impressionantes, eles deverão apenas competir com os intermediários Core i5. Pelo menos a AMD cobra um preço justo: o FX-8350, mais caro de todos, custa US$ 195.

São quatro modelos, todos com multiplicador desbloqueado e frequência máxima na casa dos 4,0 GHz:

Tabela comparativa dos novos FX Vishera

Na tabela comparativa fornecida pela AMD, o FX-8350 compete com o Core i5-3570K, que custa US$ 40 mais caro. Mas o brasileiro Clube do Hardware fez o comparativo com o Core i5-3470 e a conclusão não foi animadora: “Custando a mesma coisa e oferecendo uma vantagem de desempenho de até 30% sobre o FX-8350, o Core i5-3470 é uma melhor opção. Nós simplesmente não temos como recomendar o novo FX-8350”.

Os testes do AnandTech foram mais positivos: o site destaca o desempenho 20% superior em comparação com o FX-8150 lançado em 2011 e diz que a AMD está indo pelo caminho certo, mas critica o alto consumo de energia e recomenda os novos Vishera apenas para uso de aplicativos que se beneficiam de múltiplos núcleos.

Vai editar vídeo ou fazer cálculos complexos e não tem muito dinheiro? AMD pode ser uma boa opção

O X-bit labs afirma que ainda existe “incompatibilidade” entre o potencial dos processadores AMD FX e as tarefas rotineiras num desktop. A AMD conseguiu desenvolver chips com bom desempenho de renderização de vídeo, cálculos complexos e modelagem 3D e eles podem ser usados em workstations de baixo custo. Mas num PC comum ou para games, eles não são atrativos.

Vários outros sites fizeram benchmarks: HotHardware, ExtremeTech, Guru3D e Tom’s Hardware são apenas alguns deles. Em todos eles, fica claro que os Vishera conseguem bom desempenho em processamento bruto e cenários ideais, mas perdem dos equivalentes Intel em testes que tentam simular uso típico (como o PCMark), em JavaScript (SunSpider) e na maioria dos jogos. Tempos difíceis, hein?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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