Ferramenta quebra proteção da Windows Store e dá aplicativos pagos de graça

Programa transforma versões de avaliação em versões completas.

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana
Usuários finais só podem instalar aplicativos Metro por essa loja

O Windows 8 tem uma série de características que dificultam a instalação de aplicativos pirateados. Enquanto no Android é fácil baixar um *.apk em lojas alternativas, no Windows 8 só é possível instalar aplicativos Metro a partir da Windows Store. Isso na teoria, claro. Hackers desenvolveram um programa que permite transformar aplicativos trial em aplicativos completos. Com isso, é possível instalar aplicativos pagos sem pagar por eles.

A ferramenta se chama Wsservice_crk e não é nova: a primeira versão foi liberada no dia 30 de outubro, quatro dias após o lançamento mundial do Windows 8. Boa parte dos aplicativos da Windows Store possui versões trial — elas possuem prazo de expiração, menos recursos ou, se o desenvolvedor for muito bonzinho (como no caso do excelente Nextgen Reader), não há limitações. Com algumas modificações no Windows 8, é possível baixar a versão completa em vez da versão de testes da Windows Store.

O programa possui algumas limitações: ele não funciona no Windows RT e os aplicativos piratas não podem ser atualizados pela Windows Store — será necessário desinstalá-los, baixá-los novamente pela loja e então aplicar o patch. Como a ferramenta altera arquivos do sistema, pode ser que o seu Windows 8 fique instável ou pare de funcionar após alguma atualização. E por motivos óbvios, ele só funciona se o desenvolvedor disponibilizou uma versão trial.

Mas a ferramenta não serve apenas para tirar o leite das crianças e fazer o mal: desenvolvedores podem criar pacotes para distribuir seus aplicativos livremente, e o Wsservice_crk também serve para instalar aplicativos que por algum motivo foram recusados na Windows Store, num processo chamado de sideload.

Um porta-voz da Microsoft disse ao BetaNews que a empresa já está analisando a falha. A Microsoft ainda não revelou quando ou se pretende agir para eliminar o problema. E talvez seja melhor ela correr: o desenvolvedor da ferramenta também disponibilizou o código-fonte, então outras variações podem aparecer em breve.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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