Embarcou?

A gente bem sabe que não existe “ilimitado”. Por mais que algumas operadoras de telefonia ofereçam planos faraônicos em termos de uso, algum limite há de ter. Nem que seja o limite operacional. Lembro que há alguns anos a Oi oferecia um pacote de telefonia fixa por determinado valor e uso “ilimitado”. Esse ilimitado na verdade queria dizer por volta de 30 mil minutos por mês – sem poder usá-los para fins comerciais.

Hoje quero falar com vocês sobre o aspecto financeiro dos planos ilimitados. Tem uma certa operadora de capital italiano que oferece internet móvel e pacote de SMS ilimitado por determinado valor mensal. Por exemplo, custa por volta de 30 reais no pós-pago para ter internet “ilimitada” durante o mês inteiro.

Só há um pequeno detalhe: esta importância em dinheiro entra somente uma vez na conta telefônica. Acessando 20 MB ou 500 MB, custará os mesmos 30 reais. Estas são as regras do jogo e não há muito o que reclamar delas. Exceto, talvez, a ausência de outros planos dependendo do perfil do cliente. Sim, a TIM oferece somente esta opção para internet móvel e nada mais.

Eis que o consumidor decide deixar a operadora para dar dinheiro aos mexicanos (burrice!). Vai na loja da Claro, pede a portabilidade e tem a migração confirmada imediatamente, com prazo de sete dias para que o número passe a chegar no SIM novo. Muito bom. Com isso, o contrato com a operadora anterior se encerra imediatamente.

Foram poucos dias de uso do novo ciclo de pagamento. Poucos MB utilizados na navegação com a internet. Findo o contrato, geralmente o consumidor paga o residual. Ou seja, valor proporcional ao tempo que utilizou o serviço de telecomunicações. A menos que… Sim, a menos que tenha contratado o plano de internet móvel cuja “tarifa” entra somente uma vez na fatura.

Ou seja, você usou oito dias daquele serviço. Beleza, a TIM vai cobrar 8/30 do plano pós-pago escolhido por ti. Porém, cobrará os mesmos quase 30 reais pela internet, não importando o tempo de uso. Mesma coisa para o SMS: 10 reais pelo “ilimitado” envio de mensagens de texto, não importando que seu contrato tenha se encerrado.

Eu fiquei surpreso ao descobrir que teria de pagar 40 reais por um serviço que utilizei durante oito dias e nada mais. Imaginei que uma parcela boa dessa conta seria desconsiderada devido à proporcionalidade. Não, não. Eles fazem questão de cobrar pelos serviços “ilimitados”.

Não tenho dúvidas de que essa condição é inerente às regras do jogo. Deve estar no contrato que o pessoal da operadora italiana empurra aos clientes. Não tenho certeza. De qualquer forma, faço o alerta neste Tecnoblog: se for encerrar o contrato com a TIM e tiver alguns serviços “ilimitados” contratados, deixe para realizar a migração quando estiver encerrando seu ciclo de pagamento. Ao menos fará jus ao seu rico dinheirinho no serviço de telecomunicação de qualidade duvidosa dos italianos.

Você conhece situação similar em outras operadoras? Não deixe de compartilhar sua história nos comentários deste artigo.

Receba mais sobre Oi na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Também atua como comentarista da GloboNews, palestrante, mediador e apresentador de eventos. Tem passagem pela CBN e pelo TechTudo. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.

Canal Exclusivo

Relacionados