Tiago Leifert critica impostos para jogos de videogame
Apresentador desaprova a pirataria em palestra na Campus, mas afirma baixar álbuns cujas músicas não são vendidas de forma avulsa
Apresentador desaprova a pirataria em palestra na Campus, mas afirma baixar álbuns cujas músicas não são vendidas de forma avulsa
O apresentador de televisão Tiago Leifert, da Rede Globo, marca presença há vários anos na Campus. Na noite de sexta (01) ele esteve novamente no evento para contar a experiência de narrar o jogo “Fifa 13”. Entretanto, o editor do “Globo Esporte” em São Paulo aproveitou mesmo para opinar sobre o mercado de games e sobre a pirataria. Leifert criticou quem baixa conteúdo de terceiros, embora tenha admitido o download de músicas no iTunes marcadas como “album only“, em que só é possível comprar todas as canções juntas.
O apresentador questiona o governo a respeito de taxas de importação. O exemplo dado foi a de compra de produtos no exterior. Ele defende que itens de uso pessoal deveriam ser permitidos. “Estou levando uma unidade do ‘Halo 4’. É meu, pra mim. Se eu estivesse levando mil caixinhas, aí sim eu deveria ser taxado. Dizem que isso é pra proteger a indústria nacional. O que tem de bom na indústria nacional de games?”, questionou.
Leifert declarou que compra suas músicas digitais. “Tenho um cartão de crédito americano. Já compro música na iTunes antes mesmo dela chegar no Brasil.” Ele afirma que sentiu a pirataria na pele com matérias de esportes realizadas para a Rede Globo que foram indevidamente entregues e feitas por outros jornalistas. “Roubaram minha matéria. Infelizmente isso é muito comum em emissoras de TV. Isso, pra mim, é pirataria”.
Em dado momento, o editor do “Globo Esporte” de São Paulo disse que baixa algumas músicas em MP3. “A vantagem do iTunes é essa. Músicas em album-only eu baixo o MP3 mesmo, e esses artistas têm que se ferrar e aprender a vender música”, confessou.
Leifert não acredita que o preço dos games irão baixar com a chegada de downloads. O motivo é que os jogos passaram a ser mais valorizados e bem feitos, de forma que orçamentos passaram a competir com filmes de Hollywood. Ele defende que existirão jogos de 10 dólares, mas não tão bem produzidos e bons como os títulos mais caros. Como exemplo, citou “Call of Duty: Black Ops”.
Sobre mídias físicas, Leifert afirma que o futuro é o download dos jogos, e não comprá-lo nas lojas como você faz atualmente com a maioria dos games. E o motivo não é nem a praticidade: o fato de não poder emprestar ou vender seu jogo usado é um dos principais motivos para que as gigantes dos games adotem o modelo. Investimentos em infraestrutura, espaço de armazenamento de dados e de conexão com largura de banda suficiente para suprimir os lançamentos deverão ser feitos e na ponta do lápis ficarão bem caros.
Atualizado às 18h06.