Não sem razão, pensamos em complexos equipamentos e ambientes especiais quando o assunto é holograma. Mas há alternativas mais simplórias quando não é possível se dar ao luxo de contar com telas reflexivas, lasers e afins. Uma delas são as soluções que combinam projeções e névoa, como estas da Leia Display System.

Explicar a ideia em poucas palavras é fácil: um equipamento gera uma espécie de cortina de vapor e um projetor localizado logo atrás (ou à frente, de acordo com o ponto de vista) utiliza esta névoa como superfície de exibição de imagens. A diferença para uma projeção em uma área sólida é, evidentemente, que o vapor consegue causar a impressão de flutuação.

Não se trata, necessariamente, de uma tecnologia nova. Em 2011, por exemplo, mostramos aqui no Tecnoblog uma solução parecida da companhia russa DisplAir. O diferencial aqui é que a Leia Display está com dois equipamentos de projeção em névoa praticamente prontos para serem colocados no mercado, enquanto que a DisplAir possui, até o momento, apenas um.

O mais básico dos produtos da Leia é este aparelho aí embaixo que lembra uma mesa. O modelo é capaz de projetar imagens em uma espaço equivalente a uma tela de 65 cm de largura por 65 cm de altura:

"Mesa" de projeção em vapor da Leia Display
“Mesa” de projeção em vapor da Leia Display
O projetor de 65 cm x 65 cm em ação
O projetor de 65 cm x 65 cm em ação

A outra opção é o modelo XL, que “gera” uma tela com três metros de largura por 2,5 metros de altura, razão pela qual a sua instalação dá mais trabalho. Mas o esforço compensa:

Quando a luz do projetor encontra a névoa, o observador conseguirá perceber o fluxo do gás. Este movimento é um dos fatores que fazem com que a qualidade da imagem não fique tão boa. Mas mesmo assim é possível ter projeções interessantes, especialmente se determinadas cores forem usadas ou se a névoa estiver mais concentrada.

A coisa toda fica mais legal ainda com as possibilidades de interação. Se você assistiu ao vídeo acima até o final, viu exemplos de efeitos que podem ser criados quando uma pessoa “toca” na projeção – dá até mesmo para fazer zoom em imagens, tal como em uma tela sensível ao toque. A “bruxaria” aqui está no uso de câmeras que capturam os movimentos, algo similar ao Kinect.

Você certamente percebeu que não se trata de um holograma em si, mas de uma técnica de projeção que se aproxima disso e que, portanto, pode causar impressões bastante positivas em festas, exposições e afins. Tudo depende, é claro, de uma boa dose de criatividade.

Apesar de já ter os produtos prontos e prometê-los para breve, a Leia Display System ainda não informou preços e previsão de lançamento, infelizmente. Ah, e não, não acho que se trate de mera coincidência: o nome da empresa deve ser mesmo inspirado na Princesa Leia 🙂

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Relacionados