Como funciona o Touch ID, sensor de impressões digitais do iPhone 5s

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

Como esperado, o iPhone 5s trouxe um sensor de impressões digitais integrado ao botão Home. Ele se chama Touch ID e promete tornar mais prático o desbloqueio da tela e a compra de aplicativos: em vez de digitar senhas, basta aproximar o dedo para confirmar sua identidade. Mas em épocas de espionagem do governo americano, é claro que o recurso geraria muitas dúvidas. A Apple veio a público esclarecer algumas delas.

O sensor Touch ID possui definição de 500 ppi e, como é capaz de ler sua impressão digital em 360º, não é necessário se preocupar em posicionar o dedo de uma maneira específica. Também não é preciso deslizar o dedo, como acontecia no Motorola Atrix e outros sensores, basta aproximá-lo: o anel metálico, em volta do botão Home, detecta que você está com o dedo sobre ele e avisa o sensor.

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Como o sistema é capaz de armazenar múltiplas impressões digitais, é possível usar qualquer dedo, inclusive de outra pessoa, para desbloquear o aparelho, desde que ele tenha sido cadastrado previamente. Se o sensor falhar ou você machucar seu dedo, ainda será possível acessar o aparelho: todos que usarem o Touch ID precisam configurar uma senha alternativa.

Sua impressão digital serve para desbloquear o iPhone, mas não apenas isso: ela também poderá ser usada na iTunes Store, na App Store e na iBooks Store, assim, não será necessário digitar a senha para confirmar compras de músicas, aplicativos ou livros. No entanto, a Apple não está disponibilizando APIs para os desenvolvedores, logo, o uso do Touch ID inicialmente ficará restrito aos aplicativos do sistema, o que é uma pena.

Ao Wall Street Journal, um porta-voz da Apple esclareceu algumas dúvidas de segurança do Touch ID.

A primeira característica é que o iPhone 5s na verdade não armazena toda a sua impressão digital: ela guarda apenas “dados da sua impressão digital” de maneira criptografada em uma área do chip A7. Na teoria, isso torna impossível que alguém (como o Obama) descubra as suas impressões digitais através de engenharia reversa. A Apple promete que esses dados não são enviados para nenhum servidor remoto, nem mesmo para o iCloud.

Para evitar que pessoas mal-intencionadas tentem quebrar a proteção do Touch ID, a Apple adicionou uma camada de segurança extra no iOS: se o iPhone 5s tiver sido reiniciado ou estiver há mais de 48 horas sem ser desbloqueado, será possível apenas usar a senha alternativa, não o dedo, para acessar o aparelho.

Segundo o porta-voz da Apple, o Touch ID pode não funcionar corretamente quando o dedo estiver suado ou coberto com outro tipo de líquido. E, felizmente, sensores modernos também checam por sinais de vida, então, se um ladrão quiser cortar seu dedo para desbloquear seu iPhone 5s, avise a ele que um dedo morto não será validado pelo Touch ID.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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