Queda nas buscas pode ser uma das razões para o Google apostar tanto no Google+

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 semanas

Um relatório divulgado nesta semana pela Shareaholic, companhia especializada em mensurações analíticas na internet, indica que o tráfego oriundo de buscadores teve uma ligeira queda nos últimos meses, enquanto que os acessos gerados a partir de redes sociais mais que dobraram.

Para fazer as medições, a Shareaholic analisou o tráfego de mais de 200 mil sites durante os meses de novembro de 2012 e novembro 2013. A empresa calcula que, juntos, estes endereços receberam mais de 250 milhões de visitas únicas por mês.

A empresa tratou então de identificar quais acessos vieram dos principais buscadores – Google, Yahoo, Bing, Ask e AOL – e quais se originaram das redes sociais mais acessadas na América do Norte: Facebook, Pinterest, Twitter, StumbleUpon e Reddit.

Ao longo do período analisado, os 200 mil sites viram seu tráfego subir em 110% a partir das redes sociais. Em contrapartida, os acessos originados nos buscadores caiu 6%, um número que parece irrelevante, mas que é suficiente para indicar como o comportamento dos usuários vem mudando.

Shareaholic: buscas versus redes sociais

Ainda não dá para afirmar que há menos buscas sendo realizadas. A queda no tráfego dos sites analisados pode ter influência de outros fatores, como aspectos sazonais ou mudanças nos sistemas de classificação dos buscadores. O Google, por exemplo, promoveu alterações severas em seus algoritmos nos últimos meses que impactaram no posicionamento de uma enormidade de páginas.

Por outro lado, o levantamento indica que as pessoas estão cada vez mais propensas a aceitar sugestões de conteúdo – é o que você faz quando clica em um link compartilhado por um amigo no Facebook ou no Twitter, por exemplo.

O Google sabe disso e esta é, provavelmente, uma das razões mais fortes para a empresa se esforçar tanto para fazer o Google+ cair no gosto popular – o mercado de buscas está consolidado, mas as redes sociais tendem a ter um impacto ainda maior em termos de tráfego nos próximos meses.

Não é difícil entender o motivo: a maioria dos indivíduos está habituada a utilizar apenas um buscador, mas acessa duas ou três redes sociais regularmente, podendo ainda dar espaço para mais. O problema, para a turma de Mountain View, é que o Google+ não está entre as principais.

Se as pessoas tenderem mesmo a utilizar cada vez mais as redes sociais, como prevê a Shareaholic, o tempo dedicado a estes serviços pode fazer com que as buscas diminuam, desta vez de maneira significativa. Para o Google, portanto, emplacar o Google+ não é apenas uma questão de conquistar mercado, mas de não perder o espaço que já tem.

Com informações: The Next Web

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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