Na conferência de ontem na CES, a Intel colocou o holofote nos wearables. Demonstrando suas criações conceituais, a empresa quer popularizar o uso desse tipo de aparatos tecnológicos, fazendo com que eles sejam realmente úteis e mais independentes de outros gadgets.

O motor disso tudo, ao que parece, é o Edison, computador do tamanho de um SD do qual já falamos aqui no Tecnoblog. Ele conta com conectividade Bluetooth e Wi-Fi e processamento equivalente ao da linha Pentium e pode ser o ponto de virada dos wearables.

Se juntando ao coro dos smartwatches, a Intel apresentou seu design de referência desse acessório. O mais legal é que ele não precisa de um smartphone para fazer a conexão (e ter alguma utilidade), como o Galaxy Gear da Samsung, o SmartWatch da Sony, o Toq da Qualcomm e o Pebble. Também foi falado do geo-fencing, que possibilita a criação de regiões limitadas e pode ter diversas utilidades. A Intel firmou parcerias com empresas de moda para cuidar do design desse gadget.

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Ela também apresentou dois fones de ouvido não-tão-convencionais. Um, chamado Jarvis, não tem esse nome por acaso; ele funciona como um assistente pessoal sem fio pareado com o do smartphone, como o Google Now ou a Siri. A empresa também está desenvolvendo o seu próprio – provavelmente, otimizado para os fones.

Por enquanto, os trunfos do Jarvis são a maneira como ele “interage” com o usuário, que é bem mais natural do que estamos acostumados: a resposta é rápida, fazendo a conversa fluir; uma resposta pode ser interrompida com um toque ou um comando de voz específico; e ele até consegue perceber qual a melhor hora de falar uma notificação, sem atrapalhar o usuário.

Isso se encaixa na orelha e violà!
Isso se encaixa na orelha e voilà!

Já os outros fones são mais atraentes para atletas: com formato in-ear e recheados de leitores biométricos, funcionam como aqueles relógios que obtêm informações sobre o exercício. Os fones são capazes de monitorar batimentos cardíacos, marcar a trajetória percorrida pela pessoa e registrar as calorias queimadas por meio dos aplicativos instalados no smartphone do usuário. Também tocam música, inclusive de acordo com o exercício que está sendo feito, e até te mandam acelerar o passo se você não estiver acompanhando. A fonte de energia é a própria porta P2, então não é necessário recarregar baterias. Já com o Jarvis, sim: a duração é estimada em um dia e é recarregada em uma espécie de bacia.

Se parecem com... fones de ouvido.
Se parecem com… fones de ouvido.

Todos os wearables mostrados pela Intel ainda estão com o status de design de referência, então não há nenhuma previsão de serem lançados comercialmente. Ainda assim, servem para dar uma ideia de como esse nicho tecnológico está evoluindo rapidamente e deve se expandir ainda mais num futuro bem próximo.

Com informações: The Verge

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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