Mark Zuckerberg e sua turma perceberam há tempos que, para o Facebook continuar sendo uma força dominante na internet, é necessário investir sem medo em mobilidade. É daí que vem a aposta em serviços como Instagram e WhatsApp. Só que investir tão e somente não é suficiente: deve-se também conter os excessos. É esta percepção que fez a empresa “matar” os apps Facebook Poke e Facebook Camera recentemente.

Se você nunca ouviu falar deles, não se culpe: estes aplicativos eram tudo, menos populares. O Facebook Poke foi lançado para iOS no final de 2012 com a proposta de permitir ao usuário “cutucar” seus amigos a partir de seu smartphone, tal como é possível fazer na versão web. Convenhamos: esta é, até hoje, uma das funções mais esquisitas da rede social.

Facebook Poke
Facebook Poke

Para não dizer que é só isso, o Facebook Poke também permitia o envio de mensagens de texto, fotos ou vídeos que expiram, ou seja, cujo conteúdo é eliminado algum tempo após ser visualizado pelo destinatário (o limite máximo é de 10 segundos).

Sim, o Facebook Poke pode ser interpretado coma uma reação fracassada ao Snapchat. Reza a lenda que o próprio Mark Zuckerberg desdenhou de sua finalidade, razão pela qual o aplicativo nunca recebeu grande atenção da empresa após ter sido disponibilizado.

O Facebook Camera, por sua vez, tinha uma proposta mais consistente: lançado em maio de 2012, o app permitia ao usuário publicar várias fotos em sua conta de uma vez só, além de oferecer recursos de edição e filtros nos moldes do Instagram.

Facebook Camera
Facebook Camera

Como você já deve ter sacado, manter o aplicativo seria desperdício de tempo e dinheiro: atualmente, o app oficial do Facebook já suporta o envio de múltiplas imagens (em 2012, só era possível publicar uma por vez). Além disso, não há razão em disputar espaço com o Instagram uma vez que o serviço foi adquirido pelo Facebook praticamente na mesma época.

O Facebook não se deu ao trabalho de fazer qualquer pronunciamento sobre a decisão, simplesmente descontinuou os aplicativos no melhor estilo “o último apaga a luz”. A verdade é que as razões são tão evidentes que dispensam explicação. No final das contas, a pergunta que faz mais sentido é: como é que estes apps sobreviveram por tanto tempo?

Com informações: The Verge

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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