Smart Lâmpada Philips Hue (Bluetooth): eficiente, mas ainda restrita

Smart Lâmpada Philips Hue está mais independente e pode trabalhar com Bluetooth e Zigbee, mas preço continua alto

Darlan Helder
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• Atualizado há 10 meses
Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

No Brasil, quando falamos em lâmpadas inteligentes, pensamos logo em duas marcas, Philips e Positivo. Ambas trabalham com o produto, entregam os mesmos recursos, porém os preços são muito discrepantes. A geração atual da Philips Hue agora tem mais autonomia, pode trabalhar tanto com Zigbee como por Bluetooth, além de oferecer 16 milhões de cores e fácil instalação.

Mas será que ainda vale apostar neste modelo? Vale pagar R$ 350? Melhor ir de Positivo ou Xiaomi? Eu testei a Philips Hue nos últimos dias e compartilho toda a experiência de uso nos próximos minutos.

Análise da Smart Lâmpada Philips Hue em vídeo

Aviso de ética

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente de tecnologia que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises de produtos são opinativas e não possuem nenhuma intenção publicitária. Por isso, sempre destacamos de forma transparente os pontos positivos e negativos de cada produto.

Nenhuma empresa, fabricante ou loja pagou ao Tecnoblog para produzir este conteúdo. Nossos reviews não são revisados nem aprovados por agentes externos. A Smart Lâmpada Philips Hue foi fornecida pela Amazon por doação. O produto será usado em conteúdos futuros e não será devolvido à empresa.

Instalação e configuração

Antes, vale ressaltar que a Philips tem um portfólio completo de iluminação inteligente com interruptor dimmer, sensor de movimento, além de fita de LED e até um kit de iluminação de quase R$ 1 mil. Mas, para este review, focaremos apenas na atuação da lâmpada inteligente convencional.

O Tecnoblog recebeu a lâmpada de LED colorida de 9 watts para soquete E27, então ela deve atender a maioria dos usuários e pode ser instalada facilmente em luminárias, abajures, bem como em salas, quartos e em outros cômodos pelo método tradicional no teto.

Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Caso você compre apenas a lâmpada, saiba que a instalação por Bluetooth é muito simples. Primeiro, instalei o Philips Hue Bluetooth no meu celular; esse é outro aplicativo diferente do Philips Hue comum que também deve aparecer para você. Depois, segui o passo a passo de configuração e em poucos minutos a integração já está feita.

Durante esse processo, você pode adiantar uma etapa e já sincronizar a lâmpada com assistentes pessoais. Nós ainda mostramos no review do Echo de 4ª geração como essa lâmpada pode ser facilmente configurada e controlada no dispositivo da Amazon. Isso acontece porque ambos trabalham com Zigbee, o que facilita ainda mais a comunicação entre eles.

Experiência de uso (pontos positivos e negativos)

Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Esta lâmpada smart da Philips exibe 16 milhões de cores e pode atingir vários níveis de branco, variando entre 2.000 a 6.500 K, e fluxo luminoso de 800 lúmens. Para efeito de comparação, a sua principal concorrente aqui no Brasil, a Smart Lâmpada da Positivo, registra 806 lúmens, portanto elas estão bem próximas. A empresa ainda promete 25 mil horas de vida útil.

Os níveis de branco disponíveis no modelo da Philips podem ser ativados e ajustados de acordo com o ambiente. Em um quarto pequeno, onde eu testei, o produto se mostrou eficiente, mas eu, particularmente, senti falta de um branco um pouco mais forte. Ao ativar o modo “energizar”, no app, essa cor me atendeu melhor, apesar de abusar um pouco no azul.

Smart Lâmpada Philips Hue no modo energizar (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue no modo energizar (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Para uma sala de estar grande, as intensidades frias disponíveis não devem ser suficientes para iluminar todo o local e você terá de adquirir pelo menos mais uma lâmpada. Essa mesma observação vale para outros cômodos maiores, então vale considerar essas limitações antes.

Com relação ao colorido, logo de cara a Philips Hue se mostrou melhor que a concorrência. O grande problema do produto da Positivo são as opções coloridas, que são fracas e acabam por deixar o ambiente escuro, mesmo aqueles espaços menores. Com a Philips, a experiência diferiu: a maioria das cores conseguiu deixar o meu escritório bem iluminado, porém a situação foi diferente com o laranja, amarelo, verde-água e, em especial, o azul, que fez o espaço ficar muito escuro.

Smart Lâmpada Philips Hue em vermelho (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em vermelho (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em azul (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em azul (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em verde (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em verde (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em amarelo (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue em amarelo (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O aplicativo é um ponto de destaque devido à interface muito intuitiva. Ele já dispõe de modos pré-definidos como luz noturna, luz para relaxar, concentrar e ainda há as opções coloridas para diversos momentos. Para uma melhor usabilidade, eu acredito que o disco com a paleta de cores poderia ficar fixo na tela inicial, mas isso é só um detalhe.

O que eu mais acho legal na Philips Hue é o seu suporte a assistentes pessoais, então através do Google Assistente ou da Alexa, o usuário pode pedir para acender ou apagar a luz, bem como mudar de cor por comando de voz, sem a necessidade de usar o aplicativo oficial da Philips. E, como mostrei anteriormente, esse procedimento se torna mais prático com o novo Amazon Echo.

Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Smart Lâmpada Philips Hue (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Os controles através do aplicativo funcionam instantaneamente e não houve instabilidade durante os meus testes. Ainda em automação, a lâmpada apresenta outros diferenciais importantes: é possível deixar o dispositivo sincronizado com o seu despertador para a luz acender aos poucos enquanto você acorda, ou apagar de forma lenta na hora de dormir. Uma opção de temporizador também está disponível, sendo viável programar para a luz ligar e indicar um término, por exemplo.

Vale a pena?

Infelizmente, a Philips Hue continua cara e, em função disso, fica inviável recomendar esse produto para todos os consumidores brasileiros. Isso fica ainda mais evidente quando a comparamos com lâmpadas convencionais que podem ser encontradas por cerca de R$ 20 ou até menos. Então para quem faz sentido? Esta lâmpada smart é mais recomendada para clientes que apostam no sistema de iluminação da Philips e que já estão familiarizados com o ecossistema da marca através de outros itens.

A empresa acerta ao aprimorar esta geração que ficou mais independente graças ao Bluetooth, que consegue eliminar o hub e possíveis custos adicionais.

Philips Hue e Smart Lâmpada Wi-Fi Positivo Casa Inteligente (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Philips Hue e Smart Lâmpada Wi-Fi Positivo Casa Inteligente (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em relação ao modelo da Positivo, destaco dois pontos da Hue: 1) a Philips se sobressai com um bom aplicativo, fácil de navegar e integração; 2) as opções coloridas realmente conseguem iluminar bem ambientes médios e pequenos. Para um cômodo grande, o kit completo com mais lâmpadas deve atender melhor, principalmente para ativar cores mais frias.

Se você nunca se aventurou por esse mundo da iluminação inteligente, não quer gastar uma fortuna com isso e pensa em apenas se divertir, a lâmpada da Positivo continua sendo a melhor opção nesse caso. Mas eu torço para que a Philips consiga baratear o seu dispositivo quanto antes, porque, por enquanto, fica difícil recomendar.

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Darlan Helder

Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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