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Um membro do Lizard Squad, grupo que chamou a atenção no Natal derrubando as redes do PlayStation e Xbox, afirmou que o grupo também desempenhou um papel no grande ataque sofrido pela Sony Pictures.

Segundo a fonte, que se identificou como administrador do Lizard Squad, a tarefa do grupo na invasão foi fornecer credenciais de acesso de funcionários da Sony para o Guardiões da Paz, que assumiu a autoria da invasão e exigiu o cancelamento do filme A Entrevista.

Desde o começo das investigações, havia a suspeita de que funcionários da Sony tivessem colaborado com os hackers, já que credenciais de acesso exclusivas foram utilizadas no ataque. Agora, faz mais sentido que a ajuda possa não ter vindo de dentro e que os logins foram roubados anteriormente.

Para comprovar que realmente é um membro do Lizard Squad, o hacker publicou um tweet de confirmação na conta @LizardMafia, que vem distribuindo informações privilegiadas sobre a atuação do grupo e conta mais de 130 mil seguidores.

Questionado sobre os objetivos do grupo com os ataques à PSN e Xbox Live, o hacker disse que um dos maiores objetivos é “obter diversão”, mas também expor as questões de segurança das empresas em que as pessoas confiam suas informações pessoais.

Mesmo que não se trate de vazamento de informações, mas sim da derrubada temporária de serviços, o grupo acredita que manter sistemas críticos de negócios no ar deve ser uma das prioridades das empresas. Além disso, eles afirmam que tanto a Sony quanto a Microsoft foram avisadas com um mês de antecedência e mesmo assim não conseguiram evitar a queda da PSN e Xbox Live.

A entrevista, publicada pelo The Washington Post, foi realizada em uma sala privada de bate-papo online e a demora para responder algumas perguntas chamou a atenção. Para justificar o tempo de resposta, que chegou a 10 minutos, o hacker explicou que estava ocupado em contato com a BBC.

Agora, a caçada aos responsáveis pelo Lizard Squad ganha um novo tom. Assumir o envolvimento na invasão da Sony é o passaporte para o grupo entrar na história, que já virou assunto de segurança nacional para o governo norte-americano.

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Júlio Câmara

Júlio Câmara

Comecei a blogar em 2008 escrevendo sobre tecnologia. No mesmo ano meu blog foi indicado como um dos "80 blogs que você não pode perder" pela revista Época. Hoje, com 21 anos, estudo jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e me dedico à editoria de tecnologia.

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