O MeeGo é um sistema criado pela Nokia e Intel com foco nos netbooks. Por conta de uma viagem e da mais pura falta de tempo, não pude testar o MeeGo a fundo, mas rodei por o sistema por mais ou menos uma hora no meu Acer AOD250, e já tenho algumas observações:

  • O sistema é rápido. Mesmo carregando do pendrive, ele demorou em torno de 10 segundos para já estar carregado, e não há muito atraso no acesso às abas;
  • O visual é realmente belo, o aproveitamento da tela é perfeito, mas aquelas “dicas” que surgem quando você passa o mouse em cima das abas do topo me incomodaram um pouco. Tentei achar uma opção que desabilitasse essas dicas, sem sucesso.
  • O acesso a wi-fi é tranquilo, mas eu pelo menos não encontrei um lugar visível para configurar um proxy global, encontrei essa opção apenas para o Chrome. Se realmente for necessário configurar o proxy aplicativo por aplicativo, deve ser um porre configurar o proxy para cada aplicação menor do sistema;
  • Não há suporte nativo a partições NTFS. Ou seja, acessar os dados em um disco externo ou no próprio netbook mostrou-se impossível. No fórum do Meego há soluções que mostram como recompilar o kernel para ter suporte a leitura e escrita em partições NTFS, mas sinceramente não cheguei a testar isso. Como já foi informado que o Meego não terá suporte a NTFS tão cedo, pergunto-me quantos não vão desistir do Meego por conta disso;
  • Também não há um suporte ao meu modem 3G E156C da Huawei. Não testei outros modems, mas me incomoda que até para ter conexão com a internet através de um modem USB eu precise baixar módulos do Kernel e rodar comandos em terminal.

Se você é louco por benchmarks, gráficos e comparações, o site Phoronix fez uma vasta comparação do MeeGo com outros sistemas recém-lançados, como o Ubuntu Netbook Remix 10.04, o Fedora 13 e o Moblin 2.1 – SPOILER: O Meego vence no tempo de boot e em outros aspectos, mas perde na área de vídeo.

O Zumo (do nosso colunista Henrique Martin) já testou o Meego com um netbook Positivo, e o maior problema relatado por eles foi a falta de reconhecimento do touchpad, obrigando-os a usar um mouse USB. Confira no vídeo.

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Paulo Graveheart

Paulo Graveheart

Ex-redator

Paulo Henrique "Graveheart" é formado em Ciências da Computação e fez parte da equipe do Tecnoblog entre 2010 e 2014, como redator. Participou da cobertura de lançamentos no mundo do desenvolvimento de software, PCs, mobile e games. Também tem experiência profissional como desenvolvedor full-stack e technical lead.

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