Apple patenteia Face ID e Touch ID no mesmo iPhone

Patente da Apple demonstra reconhecimento facial e leitor de impressões digitais no mesmo produto

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos
iPhone X - Face ID

Com o fim do botão Home, o leitor de impressões digitais sumiu dos iPhones e iPads de 2018, mas ele pode voltar no futuro: a Apple registrou uma patente que demonstra o Touch ID funcionando como uma forma alternativa de autenticação em conjunto com a tecnologia de reconhecimento facial Face ID.

Registrada em janeiro na Europa e publicada no dia 13 de dezembro, a patente foi descoberta pelo Patently Apple e mostra um iPhone (ainda com design antigo) com a tela do Face ID exibindo a mensagem “Rosto não reconhecido”. Então, existe a possibilidade de utilizar a impressão digital para autenticar em uma página da web no Safari e, por fim, digitar a senha.

O documento da Apple diz que técnicas de autenticação biométrica são geralmente incômodas, citando como exemplo o reconhecimento facial em duas dimensões, que exige que o usuário alinhe o rosto da mesma maneira durante o registro e em cada autenticação. Por isso, a empresa optou pelo Face ID com a câmera TrueDepth, que escaneia o rosto em vários ângulos e aumenta as chances de acerto.

Face ID e Touch ID no mesmo iPhone

Também fica em aberto a possibilidade de um recurso de autenticação biométrica no Apple Watch. Um trecho revela: “tais métodos e interfaces também reduzem o número de digitações desnecessárias, irrelevantes ou repetitivas exigidas em dispositivos computacionais, como smartphones e smartwatches”. Atualmente, o relógio tem um recurso que exige a digitação de uma senha quando você o remove do pulso.

É claro que uma patente não significa que um produto será lançado ou mesmo está sendo desenvolvido — talvez nunca vejamos um iPhone com Face ID e Touch ID ao mesmo tempo. Mas é algo que outras empresas já vêm fazendo: o Huawei Mate 20 Pro tem um leitor de impressões digitais sob a tela e um sensor de reconhecimento facial em 3D no mesmo aparelho; a Samsung, mesmo implantando o leitor de íris nos smartphones mais caros, não abandonou o método antigo.

E, embora isso pareça desnecessário no Brasil, a ideia pode funcionar bem em certos países. Em locais mais frios, talvez as pessoas estejam de luvas e o leitor de impressões digitais não funcione direito, então o reconhecimento facial entra em ação. Já em culturas islâmicas, por exemplo, em que as mulheres utilizam burcas cobrindo o rosto, não será possível ler os pontos da face, mas os dedos estarão livres para serem lidos pelo sensor.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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