CTRL+C, CTRL+V (imagens: divulgação/Google)

Em termos de buscadores, o mercado está extremamente competitivo. Dificilmente alguém vai conseguir passar o Google, o que não impede as empresas de tentarem. Foi com esse objetivo que a Microsoft criou Bing, conseguindo um percentual pequeno, porém considerável de participação. Mas ontem a gigante da web descobriu que o buscador da Microsoft usa os resultados de pesquisas do Google para melhorar suas próprias buscas. E isso é trapacear.


Para descobrir isso, o Google criou uma armadilha extremamente engenhosa que foi executada no final do ano passado. A equipe responsável pelo algoritmo de buscas do Google modificou certas páginas de resultados para termos inexistentes para que mostrassem certos links. Eles então foram instruídos a, ao chegarem em casa, buscar no Google por esses termos usando o Internet Exporer com a barra do Bing e clicassem no link manualmente inserido.

Surpresa: dias depois esse link apareceu nos resultados de busca pelo termo no Bing, mesmo que não estejam diretamente relacionados. As imagens abaixo são prova desse comportamento, revelado ontem pelo Google.

Acuada pela descoberta, a Microsoft chegou a negar que essa prática acontecia. Mas um dos seus porta-vozes depois confirmou que um dos elementos que a empresa usa para aumentar a relevância de certos sites em resultados de busca é mesmo a barra do Bing e do Internet Explorer 8, que já vem com o buscador da MS como padrão.

No blog oficial do Google, a empresa diz que “gosta de competir contra algoritmos criativos e inovadores, não aqueles criados com base em resultados reciclados de competidores”. E também dá um ultimato ao Bing: “nós gostaríamos que essa prática parasse”.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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