A Argélia entrou nesse sábado na lista de países que já desligaram a internet do país. Diferente do Egito, que demorou pouco mais de duas semanas para desligar a internet, tentando evitar que o resto do mundo soubesse o que estava acontecendo dentro do país, o governo da Argélia não quis esperar e foi logo mandando todos os provedores desplugarem os cabos. A causa do desligamento foram os protesto pró-democracia que começam a tomar forma em meio à população argeliana argelina.

Argélia: sem internet, país fica no escuro

O governo argeliano não parece ter usado o mesmo método dos políticos no Egito para desligar a internet, afirma a empresa Renesys, a mesma que detectou os primeiros sinais de interrupção de tráfego dos provedores egípcio. Ela diz que, ao menos vendo pelo lado de fora do país tudo parece ainda funcionar perfeitamente. Mas como seus habitantes ainda reportam não conseguir acesso à grande rede, a suspeita é de que novos tipos de bloqueios foram implementados, similares aos usados no Irã.

Segundo habitantes do país, o governo também estaria supostamente deletando perfis na rede social Facebook, para tentar conter a organização de protestantes. Também não se sabe se o governo capturou de alguma forma as senhas dos perfis que está deletando ou se a própria rede social está recebendo ordens diretas de políticos locais para apagar as contas, o que eu acharia extremamente improvável.

O governo também tentam impedir que jornalistas e repórteres estrangeiros noticiem o que está acontecendo, como forma de evitar que novos grupos se formem e tentam derrubar a atual presidente do país, Abdelaziz Boutifleka. Os protestantes estão sendo presos em massa e as cadeias já atingem estado de superlotação.

Com informações: The Telegraph.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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