Comprar seguidores no Instagram é seguro? Veja como isso pode prejudicar a sua conta

Comprar seguidores pode mais atrapalhar que ajudar a sua conta a crescer; veja os motivos pelos quais não é recomendado pagar por seguidores no Instagram

Igor Shimabukuro Lucas Lima
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Print ilustrativo da página oficial do Instagram aberta em um smartphone
Comprar seguidores para inflar números no Instagram envolve diversos riscos (Imagem: Igor Shimabukuro/Tecnoblog)

Comprar seguidores do Instagram é uma prática em que um usuário paga empresas ou fornecedores para ganhar followers em sua conta. Os seguidores comprados, contudo, tratam-se de perfis falsos e que servem somente para inflar os números da conta.

A atividade é considerada ilegal, já que fere as políticas da plataforma. E além dos riscos de penalizações do Instagram, a compra de seguidores pode ocasionar um efeito reverso ao esperado: uma conta com menos alcance, menos engajamento e menos credibilidade. Em suma, uma prática nada recomendável.

Confira abaixo os riscos envolvidos na aquisição de seguidores no Instagram.

1. Comprar seguidores pode fazer você perder a conta

O primeiro grande risco a ser considerado por quem deseja comprar seguidores é a possibilidade de perder a conta do Instagram. Isso porque a obtenção de curtidas, seguidores ou compartilhamentos de maneira artificial, envolvendo ou não ofertas de dinheiro e brindes em troca do “serviço”, fere as regras da plataforma.

Essas práticas são enquadradas como ilegais nas Diretrizes da Comunidade do Instagram, já que dificultam o controle de spam pelo Instagram e, consequentemente, comprometem a segurança dos usuários.

Trecho das Diretrizes da Comunidade do Instagram sobre seguidores comprados
Obter seguidores e engajamentos de forma artificial fere as políticas do Instagram (Imagem: Reprodução/Instagram)

E pelo ato infringir as políticas da rede social, são grandes as chances do usuário que comprou seguidores ter a conta do Instagram suspensa ou banida de forma permanente.

2. Seguidores comprados atrapalham o engajamento real da conta

Pagar por followers no Instagram também tende a prejudicar o engajamento orgânico do perfil. Apesar de parecer algo contraditório — já que mais seguidores supostamente trariam mais interações —, é preciso lembrar que esses seguidores comprados são contas bot que raramente interagem.

O Instagram costuma promover contas mais populares. Para mensurar isso, há um cruzamento de informações com o número de followers e as interações obtidas pelo perfil. Em resumo, são esperadas mais interações em uma conta com vários seguidores, e menos engajamentos nos perfis menores.

Mas como os seguidores comprados geralmente não interagem, a plataforma entenderá que a conta inflada de followers não tem o engajamento esperado. E como consequência, a tendência é que o alcance das publicações do perfil reduza cada vez mais e impacte os seguidores reais. Ou seja: não vale a pena.

3. Seguidores falsos podem manchar reputação da marca

Outra das desvantagens de comprar seguidores no Instagram é a perda de credibilidade da conta. Ter um perfil repleto de followers que não engajam pode levantar suspeitas tanto de seguidores reais quanto de marcas que buscam possíveis parcerias publicitárias.

Com isso, um usuário pode ficar desconfortável de seguir uma conta com tantos “seguidores fantasmas”. E as chances de followers reais clicarem no botão “Deixar de seguir” por conta disso aumentam ainda mais.

4. Você pode ter comentários artificiais nas publicações do Instagram

Comprar seguidores pode gerar comentários desconexos em suas publicações. Embora a maioria das contas bot não interajam, outras podem fazer alguns comentários para fingir engajamento. O problema é que tais mensagens podem não fazer sentido algum com o post.

Inclusive, comentários artificiais em publicações são bons indícios de seguidores comprados. E trata-se de um efeito dominó: mais comentários desconexos renderão mais suspeitas, que consequentemente podem ocasionar perdas de engajamento e de seguidores reais.

5. As chances de perder dinheiro são altas

Por fim, são grandes as chances de acabar jogando dinheiro fora. Vale lembrar que obter seguidores de forma artificial se trata de uma prática ilegal aos olhos do Instagram. Logo, empresas ou negociantes desse nicho podem se aproveitar da situação para aplicar golpes e simplesmente sumir com a grana do comprador.

O ponto principal, contudo, é que pagar followers não vai garantir que eles sejam seguidores para sempre. Isso porque o Instagram constantemente faz uma varredura para eliminar perfis bot e de spam, o que pode significar um investimento em vão futuramente.

Comprar seguidores no Instagram é crime?

Não. Até porque não existe nenhuma lei específica que tipifique a prática como crime no âmbito judicial. Mas trata-se de algo ilegal de acordo com as Diretrizes da Comunidade do Instagram, e que cabe penalizações (como suspensão e banimento da conta) dentro da própria plataforma.

Tem como não perder os seguidores comprados?

Não. O Instagram faz limpezas contínuas de contas spam em suas plataformas. Portanto, um usuário que comprou seguidores observará cada vez menos followers bot, mesmo que tenha pagado por eles.

Seguidores comprados podem deixar meu Instagram vulnerável a invasões?

Sim. Por serem contas bot, é possível que eles utilizem os perfis para envios de mensagens spam ou links maliciosos — que podem resultar em golpes ou fraudes. Consequentemente, isso compromete a segurança da conta do Instagram do comprador e de todos os seus seguidores.

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Igor Shimabukuro

Igor Shimabukuro

Redator

Igor Shimabukuro é jornalista graduado e com especialização em Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. Apaixonado por games, cobre tecnologia desde 2020. Com passagens por Olhar Digital e TecMasters, acumula mais de cinco mil conteúdos (hard news, reportagens, reviews, tutoriais, entrevistas, especiais, publieditoriais) publicados na internet.

Lucas Lima

Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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