Aplicativos que dizem curar espinhas não funcionam, diz FTC

Rafael Silva
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• Atualizado há 5 dias

Enquanto várias fundações de pesquisas se esforçam para comprovar ou desmentir o mito de que celulares causam câncer, alguns desenvolvedores de aplicativos resolvem tomar o caminho contrário e dizer que smartphones podem curar certos problemas na pele humana. É o que diziam os criadores dos aplicativos AcneApp e Acne Pwner, que anunciam seus programas como forma de curar espinhas. Mas um órgão americano investigou e descobriu que (surpresa!) não passavam de pura balela.

Acne App: não, não funciona.

Depois de receber denúncias sobre os aplicativos, a FTC, órgão responsável por regular drogas e tratamentos de doenças nos EUA, decidiu investigá-los. A alegação dos programas é que eles usavam a luz da tela dos smartphones para diminuir e curar espinhas. Embora a chamada terapia de luz seja um meio amplamente adotado para amenização de efeitos da acne, a FTC afirma em um relatório publicado na semana passada que smartphones não emitem luz suficiente para alcançar esse objetivo.

E para aqueles que achavam que eles estavam mirando em usuários de uma plataforma específica, eis o detalhe: os aplicativos eram vendidos para os dois grandes sistemas móveis disponíveis. O AcnePwner teve cerca de 3,3 mil downloads no Android Market enquanto que o AcneApp foi baixado por 11,6 mil pessoas no iTunes. Ambos eram pagos.

Então aí está. Se você é um adolescente que tem a cara cheia de espinhas, um dispositivo móvel com Android ou iOS e esperava economizar alguns trocados usando um tratamento de luz por meio de aplicativos, está sem sorte. A eficácia de tais programas parece ser a mesma de uma pulseira Power Balance.

E eu ainda não consegui superar o fato de que um órgão americano precisou investigar esses aplicativos para dizer que eles não funcionam.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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