Apple, faça o recall do iPhone 3GS antes que seja tarde demais

Rafael Silva
Por
• Atualizado há 1 semana
iFail!

Desde o lançamento do iPhone em 2007, a Apple se destacou no mercado de telefones celulares. É inegável que o seu telefone celular criou patamares e quebrou paradigmas muito comuns ao mercado de telefonia. Ela vendeu mais de 2,5 milhões de unidades da primeira geração em apenas seis meses, só nos Estados Unidos. O sucesso do iPhone 3G foi ainda maior: 1 milhão de unidades vendidas mundialmente nos primeiros dias.

Entretanto, a terceira versão do iPhone parece que não foi feita com tanto cuidado e atenção quanto as anteriores, principalmente no que diz respeito à bateria. Dois casos diferentes envolvendo o superaquecimento do aparelho já circulam na rede. O primeiro foi relatado pelo dono de um iPhone 3GS na cor branca, na França. Segundo ele, o aparelho ficou tão quente que mudou de cor. O segundo, e até então menos conhecido, envolve uma das grandes inovações da última versão: sua tela.

A proteção oleofóbica da tela do iPhone 3GS pode ser considerada uma grande inovação não só na linha de celulares da Apple mas na indústria celular como um todo. Essa tela dificulta o aparecimento de marcas de impressões digitais, problema constante nas duas versões anteriores e em qualquer celular com tela sensível ao toque. Para atingir esse estado a tela de vidro passa por um processo em que ela é quimicamente alterada e coberta por um polímero criado pelos engenheiros químicos da Apple e que repele o óleo natural da pele humana. É assim que a proteção deveria funcionar, pelo menos quando não se dissolve por uso excessivo…

oleofobic

O usuário Samsas Traum do fórum alemão Apfeltalk parece ser um dos primeiros a sofrer esse inconveniente problema. Segundo ele, a proteção oleofóbica do aparelho está dissolvendo pouco a pouco, deixando uma marca branca bastante visível na tela. O usuário relata que a marca está nesse local por que é onde fica o booster durante o jogo Flick Fishing, que ele comprou na App Store.

Pelo que consegui apurar no fórum usando a ferramenta de tradução do Google, o usuário ainda não foi em uma Apple Store relatar o problema e pedir um iPhone novo. No entanto, ele já ligou para o suporte e este pediu que Samsas envie o aparelho para a Apple para que seja analisado por eles por 5 a 10 dias. Essa foi a mesma resposta recebida pelo usuário Francês com o iPhone camaleão, citado no segundo parágrafo.

Nessas horas é de se esperar que a Apple recolha os produtos defeituosos e os substitua por outros que não tenham o problema. Se o recall realmente acontecer, não vai ser a primeira vez. A Apple já fez recall de baterias dos seus laptops, carregadores do iPhone e até de baterias dos antigos iBooks.

Um recall do iPhone 3GS será um prejuízo menor do que precisar arcar com custos dos processos judiciais que os usuários lesados (os americanos principalmente, que adoram um processo!) abrirão contra a empresa.

[Obrigado ao meu amigo holandês Alex pela dica no twitter / iPhone Ticker]

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

Relacionados