Após sua apresentação no TechED 2008, Artur Higashiyama que é MVP Directory Services, bateu um papinho com o TecnoBlog. A minha principal dúvida, era por que a Microsoft não altera a forma como o sistema lida com aplicações de terceiros. Por exemplo, não permitindo que opções do tipo “quero que o este programa inicie com o Windows” estejam ativadas por padrão no ato da instalação.

A resposta foi imediata: “A justiça não nos permite fazer isso, dizem que é monopólio. Somos obrigados a produzir um sistema, onde cada desenvolvedor possa construir uma aplicação do jeito que achar melhor.”

Higashiyama ainda lembrou o caso da Europa, onde um certo juiz proibiu até que o Windows fosse vendido com o Windows Media Player já instalado.

É de conhecimento de todos, que softwares como Internet Explorer, Windows Live Messenger e Windows Media Player, se tornaram imbatíveis, justamente por já virem instalados no sistema. Usuário básico não quer saber de baixar softwares melhores – julgando que eles saibam o que é um software.

Por isso aproveitei para perguntar sobre o Windows 7, e qual seria o diferencial do sistema neste sentido. Quais softwares da Microsoft virão instalados no sistema? E principalmente, a Microsoft pretende desativar todos esses processos, inúteis para a maioria dos usuários?

Ele sorriu, e logo respondeu: “O que posso dizer, é que o Windows 7 será um sistema mais seguro, e menos chato.”

Higashiyama parecia guardar informações empolgadoras sobre o Windows 7, mas a ordem da vez na Microsoft é impedir que tais informações vazem.

“Eles querem corrigir o erro cometido na época do Vista, sistema que não impressionou, pois todos já sabiam como seria.” – afirmou Higashiyama.

Ao que tudo indica, a Microsoft também está apostando forte na idéia do Cloud Computing. Foi isso que Higashiyama deixou transparecer, e que o próprio Galileu Vieira havia me falado no último encontro de blogueiros com a Microsoft. A prova disso, é o tal do sistema “nas nuvens” que a empresa está para lançar.

Fontes seguras me informaram que no Windows 7, o usuário escolherá o que quer usar. Exemplo disso, é que o próprio Windows Mail não virá instalado por padrão. A Microsoft acredita que o Windows Live (antigo Hotmail) é bem mais funcional que o Windows Mail, assim dá para economizar alguns megabytes, não embutindo este último no sistema.

A idéia agora é: quem quiser, que baixe e instale. E o Windows Mail não será será o único a cair fora. Windows Photo Gallery, Windows Contacts, Windows Calendar e Windows Movie Maker também serão opcionais.

Logicamente que, com toda esta história de nuvem, um sistema operacional sem um navegador não faz o menor sentido. Por isso o Internet Explorer fica. Sem falar que o navegador já é parte do processo Explorer.exe (processo responsável pela user interface – barra de tarefas, desktop, etc).

E é assim, desativando processos e softwares inúteis, que a Microsoft pretende deixar o Windows 7 tão leve quanto o Windows Vista. É como se fazendo isso, eles estejam liberando recursos para implementar novas funcionalidades.

E antes de falar que o Windows Vista é pesado, imagine ele rodando em máquinas lançadas no ano de 2010. 😉

A interface do sistema continua sendo a mesma também: Janelas. Parece bobo, mas serve para dar um basta em todos esses rumores sensacionalistas, que profetizam um Windows 7 completamente diferente de tudo o que você já viu. Espere recursos novos, mas não um conceito novo.

No geral, é de certo que novidades bem bacanas estão por vir, ou não haveria motivos para a Microsoft fazer tanto suspense. Mas julgando que estamos a pelo menos 1 ano e meio de seu lançamento, acho que é cedo demais para especular possíveis firulas do sistema, até mesmo para quem trabalha na empresa.

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Thiago Mobilon

Thiago Mobilon

Founder & CEO

Começou a empreender aos 18 anos, fazendo manutenção de computadores e artes gráficas. Criou o Tecnoblog para ser uma espécie de laboratório, onde contaria as suas experiências com eletrônicos e, de quebra, poderia aprender sobre programação e servidores. No entanto o site cresceu rapidamente, se transformando em uma empresa de mídia digital.

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