Quem diria: isso aí pode ajudar com vendas de CDs. Que coisa, não?

Não, o título não está errado. De acordo com uma pesquisa realizada por um economista da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a pirataria realizada por BitTorrent na verdade colabora com as vendas de músicas legítimas, ao contrário do que diz o senso comum e a indústria fonográfica.

O estudo contraria praticamente todas as análises realizadas sobre o assunto. E como explicar isso? De acordo com Robert Hammond, professor assistente da universidade e autor do projeto, as outras pesquisas não tiveram acesso a dados tão precisos quanto os que ele utilizou para chegar a esse resultado. Além disso, ele considerou álbuns completos para compor seu estudo, diferente dos outros, que utilizaram músicas individuais.

O pesquisador coletou informações sobre álbuns lançados entre maio de 2010 e janeiro de 2011 no maior tracker BitTorrent privado dedicado a música, com 150 mil usuários (alguém sabe qual é?). Esses dados foram combinados com o número de vendas dos CDs nas lojas para construir um modelo de previsão do efeito da pirataria sobre a indústria fonográfica.

Na pesquisa, foram considerados 1.095 álbuns de 1.075 artistas diferentes. Robert focou principalmente em álbuns que vazaram antes do lançamento oficial. “As descobertas sugerem que o compartilhamento de arquivos de um álbum beneficia as vendas do disco. Em nenhum instrumento ou especificação eu encontrei evidências de algum efeito negativo“. O download do estudo completo (36 páginas) pode ser realizado neste link.

Com informações: TorrentFreak.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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