Diablo III: o que deu certo e o que deu errado

Gus Fune
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• Atualizado há 1 semana

Nas últimas semanas recebi um desafio um tanto complexo: testar Diablo III, um dos mais — se não for o mais — aguardados títulos para 2012. Logo de cara, ao jogar Diablo III pela primeira vez, fiquei impressionado com o fato de ser um jogo completamente diferente da versão beta. D3 foi um caso raro em que perto do fim do ciclo de desenvolvimento, os produtores não satisfeitos com o game resolveram refazer o game design por não estar bom o suficiente.

De fato, as mudanças deram uma dinâmica completamente diferente ao game, tanto é que a resenha do Beta nem deve ser levada em conta como comparativo para o game final.

O sistema de skills chamou minha atenção. A cada novo level, o jogo cuida automaticamente da tarefa de selecionar pontos de atributo como força, inteligência ou destreza. O processo de avanço pelo jogo apenas permite a escolha de quais skills serão usadas pelo jogador e de tempos em tempos, poderá escolher runas para aprimorar alguma de suas habilidades. Bem simples, mas permite uma infinidade de combinações de habilidades e diferentes estrategias para cada uma das cinco classes disponíveis.

Diablo III, como todos os lançamentos da Blizzard nos últimos dois anos, também recebeu uma tradução completa para português. Textos, legendas e até detalhes nos videos entre capítulos são tão bem trabalhados que por vários momentos você se convence de que o jogo foi feito em outro país. Mesmo com a dublagem sendo bem profissional, em alguns pontos você se pega rindo um pouco ao identificar vozes de dubladores conhecidos, como por exemplo, a de um mercador em Nova Tristam que ganhou a voz do mesmo dublador do Seu Madruga.

Talvez o maior problema de D3 seja a necessidade de jogar 100% conectado a internet. A falta de um modo offline pro single player simplesmente frustra ao jogar em horários de pico. Mesmo com uma conexão de 20 Mbps de download e não usando absolutamente mais nada na rede além do game, enfrentei diversos pontos com lag em que o jogo ficava lento ou ainda parava de responder até dar erro de timeout. Nos primeiros dias também foi bem complicado tentar entrar na conta por conta da quantidade de jogadores logados, mas esse problema não vi ocorrer novamente nos últimos dias, embora o problema do lag volta e meia esteja presente.

No fim das contas Diablo III é um jogo com bastante ação e bem viciante, seja você já fã de longa data da série ou um novato no mundo de Santuário. É possível comprar o game por R$ 99,00 na Battle.net (download) ou em diversas lojas pelo país a partir do dia 6 de junho.

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Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

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