Como comprar um notebook? [Guia & Dicas]

Confira algumas dicas para evitar armadilhas na hora de comprar um notebook gamer, básico ou profissional

Vivi Werneck
Por
• Atualizado há 1 ano
avell geforce rtx notebook gamer / Vivi Werneck
Avell notebook gamer (Imagem: Vivi Werneck / Tecnoblog)

Comprar um notebook pode complicar um pouco a vida de quem não tem muito conhecimento de hardware e, principalmente, não tem muita noção do que sua máquina precisa ter. Antes de investir num notebook gamer, um notebook básico ou um notebook profissional, é importante descobrir se ele atende às suas necessidades para não correr o risco de pagar mais caro por algo que não vai usar tanto.

A primeira, e mais importante, pergunta que você deve se fazer é: para que preciso desse um notebook? Se é um usuário com perfil mais básico, e apenas quer uma máquina para usar internet e fazer alguns trabalhos leves, você não precisa investir num equipamento com placa de vídeo – por exemplo. Já se você quer usar o aparelho para jogar, a primeira coisa que deve pesquisar é justamente a placa de vídeo.

Mas vamos por partes. A ideia deste guia é dar algumas dicas iniciais para você identificar qual tipo de notebook melhor te atende e o que deve observar em cada um desses perfis para comprar sem susto.

Cuidado para não cair em “pegadinhas” de anúncios

Não compre no impulso! Para evitar cair em armadilhas de anúncios, principalmente em lojas virtuais, verifique atentamente se o nome do notebook (às vezes acompanhado de uma sequência de letras e números do modelo) condiz com as especificações técnicas citadas. Vale pesquisar no site oficial do fabricante para ter certeza das informações.

Evite comprar um notebook no qual o anúncio não mostre, de forma clara, tudo o que o aparelho contém: desde o número de conectores e quais são eles (USB, HDMI, e etc) até detalhes do hardware, como geração do processador, fabricante do HD (ou SSD), detalhes técnicos da placa de vídeo dedicada (se tiver), qual sistema operacional e por aí vai.

Nunca compre um notebook apenas lendo o título principal do anúncio, exemplo: “Notebook 500GB 14 LED WIN10 Home XXX0000”. Pela chamada, não é possível dizer se o armazenamento é via HD ou SSD, qual o tipo da tela ou mesmo qual é o processador. Claro que, às vezes, não é possível incluir tanta informação numa chamada de anúncio. Por isso, é importante ler a ficha técnica do produto antes de comprar, como dito anteriormente.

Vamos agora dividir os tipos de notebook em três grupos, de acordo com o público alvo. Veja em qual deles você melhor se encaixa.

Comprar notebook gamer

avell geforce rtx notebook gamer / Vivi Werneck

Antes de mais nada, se você pretende investir numa máquina gamer, o mais prático seria montar um desktop (em minha opinião). Digo isso pela facilidade maior em fazer upgrades de qualquer componente interno. Mas se sua ideia é mesmo um notebook, seja pela falta de espaço para usar um desktop ou pela mobilidade, fique atento a algumas dicas para não pagar desnecessariamente a mais por um notebook gamer.

É importante saber que, tratando-se de uma máquina voltada para games, todo o planejamento desse notebook precisa ser focado principalmente na placa de vídeo. A partir daí, você observa se os demais componentes dão o devido suporte para que esta GPU funcione da melhor maneira possível, extraindo o máximo do potencial que ela oferece. Claro, tudo isso dentro do que você tem condições de investir.

Um notebook gamer “mais modesto” poderia começar, por exemplo, com uma GeForce GTX 1060 ou GTX 1660 (ou equivalentes AMD). Essas placas têm bom desempenho e vão te permitir jogar satisfatoriamente uma grande variedade de jogos, mesmo que não na melhor resolução disponível.

Com estas GPUs, citadas acima, você poderia buscar um processador Core i5 de 6ª geração (ou equivalente AMD), por exemplo. Já iria atender às necessidades destas GPUs. Investir num i7 só encareceria a máquina. Você poderia usar o dinheiro extra, que pagaria neste processador mais parrudo, e investir em mais memória RAM ou aumentar o armazenamento (HD ou SSD).

Todo gamer também quer que seu notebook tenha um design bonito e diferenciado, mas não se deixe encantar tanto por RGB e luzes. Além de apenas ter efeito cosmético (como alguns itens em jogos), também é mais caro e gasta mais bateria manter tudo aquilo aceso.

Agora, se dinheiro não é o problema, a “brincadeira” começa a ficar mais interessante. Já há notebooks gamer, no mercado brasileiro, equipados com as poderosas GeForce RTX, na Nvidia, que trazem a tecnologia ray tracing para brilhos e sombras mais realistas. Mas é bom mesmo preparar o bolso.

Um notebook equipado com uma RTX 2060, por exemplo, sairá não por menos de R$ 5.500. Isso, é claro, dependendo do que mais você quiser colocar na máquina para aumentar seu desempenho. Esse preço seria para uma configuração mais básica.

Notebook para uso básico

Você não é gamer, não está podendo gastar muito e só quer um notebook para coisas do dia a dia, como navegar na internet, ver e-mails, assistir a vídeos no YouTube, usar a Netflix, ou mesmo trabalhar em programas que não são tão pesados, como Word, Excel e etc. Nesse caso, esqueça placa de vídeo. Pense em custo-benefício.

Mas não é porque o notebook é básico que ele precisa ser movido à manivela. Há opções com preços acessíveis para configurações com processador Core i3 (ou equivalente AMD), por exemplo.

Notebook Compaq

Acrescentando de 2GB a 4GB de memória RAM DDR4 e um HD de 500GB você já faz um bom negócio, para este perfil. Há a possibilidade de trocar o HD por um SSD também, que apesar de mais caro, é mais veloz. Depende do que você estiver precisando.

Em relação à tela, busque por opções Full HD (1920×1080), no mínimo, especialmente se quiser ver filmes e outros vídeos. Para tamanho do monitor, a partir de 15 polegadas é interessante, especialmente se prefere um notebook básico mais compacto para levar na mochila. Lembre-se que quanto mais leve e fino, mais caro ele fica também.

Ainda sobre telas, não se deixe levar por displays sensíveis ao toque. Se não for algo que você realmente use com frequência, não vale pagar a mais por isso.

Notebook para uso profissional

“Uso profissional” é um termo muito abrangente. Primeiramente, analise quais são as suas necessidades dentro do seu tipo de trabalho. Dependendo do que fizer, até mesmo um notebook básico já vai te atender. Agora, se você trabalha com programas mais pesados, como os voltados para edição de imagens, edição de vídeos ou programação, talvez você precise investir em algo parecido com um notebook gamer.

Tratando-se de edição de imagens e/ou vídeos (principalmente) você precisará de mais espaço de armazenamento. Opte por máquinas com HD de 1TB, por exemplo. O poder de processamento também é importante, nesse caso, e pensar num Core i7 (ou equivalente AMD) é interessante.

avell geforce rtx notebook gamer / Vivi Werneck

Ter uma placa de vídeo dedicada é recomendado, especialmente para edição de vídeos. Não precisa ser algo do calibre de uma GeForce RTX, mas a linha GTX já faz um bom trabalho (ou alguma parecida da AMD).

Não foi falado até agora, mas observe quais os conectores disponíveis no notebook que pretende comprar. Veja se a quantidade de USBs e se a existência ou não de entradas HDMI é necessária ou suficiente para você.

Qual notebook comprar?

Esse guia não é para ser levado como uma fórmula 100% certa do que fazer ou não para comprar um notebook. Tirando as dicas de segurança para não cair em armadilhas, o que será a definição para você de uma máquina básica, gamer ou profissional de verdade vai depender muito do seu tipo de uso.

Com os parâmetros iniciais deste artigo, espero que consiga encontrar um notebook, com um bom custo-benefício, e que atenda às suas necessidades. Ah, e sempre fique atento aos termos de garantia e assistência técnica.

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Vivi Werneck

Vivi Werneck

Ex-editora assistente

Vivi Werneck é especialista em games e trabalha no mundo tech há 15 anos. Em 2018, recebeu o Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de tecnologia. Já escreveu para revistas de games pioneiras no Brasil, como EDGE, PlayStation Brasil e EGW. Também é veterana em eventos de jogos, como a BGS e E3 (inclusive, presencialmente). No Tecnoblog, foi editora-assistente entre 2018 e 2023.

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