Na terça-feira dessa semana um grupo de hackers ligado ao movimento AntiSec liberou na web 1 milhão de identificadores únicos de dispositivos iOS, incluindo nomes de pessoas e os nomes dos aparelhos em questão. Esses dados, segundo eles, saíram de um laptop do FBI. Mas ontem tanto a agência de inteligência americana quanto a Apple negaram envolvimento com o suposto vazamento.

Segundo o AllThingsD, que entrou em contato com a Apple, a resposta oficial da empresa é de que “o FBI não requisitou essa informação da Apple e nem a Apple enviou tal informação para o FBI ou qualquer organização”. No mesmo dia que os dados foram publicados o próprio FBI declarou que “está ciente” dos dados publicados mas que “não há evidência que indica que um laptop da agência foi comprometido”.

Parte do arquivo liberado pelos hackers

Pouco depois das declarações oficiais, o perfil do Twitter @AnonymousIRC, que aparentemente faz parte do grupo, disse que “antes que vocês neguem, lembrem que estamos com outros 3 terabytes de dados. Nós ainda nem começamos”. E isso provavelmente não deve ter diminuído a quantidade de teorias da conspiração em volta dos dados.

Assumindo que a Apple e FBI estão falando a verdade, vale perguntar: de onde o grupo tirou os dados que foram publicados? Eles parecem ser bastante legítimos e são mais de 1 milhão deles, então a teoria de que as UDIDs foram fabricadas é pouco provável. Mas acho que não teremos que esperar muito por respostas do grupo agora que sua principal demanda foi atendida.

Para quem não lembra, no post em que falei do vazamento, citei que o grupo de hackers avisou que só liberariam mais detalhes dos dados que capturaram e dariam entrevistas a jornalistas se algo acontecesse. O grupo exigiu que um editor da rede Gawker tirasse uma foto com trajes de balé e com um sapato na cabeça. Por isso achei que não veríamos mais informações sobre isso. Mas vou ter que morder a língua…

Yep, a foto está lá, junto com um post explicando o seu motivo. E o grupo já disse que vai honrar sua palavra. Esperemos, então.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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