Novo sistema de CAPTCHA vai pedir para você digitar sentimentos no lugar de números e letras

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

Os sistemas de CAPTCHA foram inventados para impedir que bots automáticos usem um determinado serviço, muitas vezes para espalhar SPAM. Uma pessoa prova que é uma pessoa ao ler e digitar a, por vezes complicada, sequência de números, letras e símbolos na tela. Já existem meios de burlá-los, mas se depender de um grupo defensor dos direitos humanos, essa tarefa vai ficar mais difícil. Eles criaram um sistema de CAPTCHA que exige a digitação do sentimento certo.

O que o sistema faz é mostrar uma frase ligada a alguma violação dos direitos humanos, como a criação de leis contra comportamentos homossexuais por exemplo. E no final pergunta “Como isso faz você se sentir?”, mostrando três sentimentos. A pessoa que digitar o sentimento certo recebe a estampa de ser humano e terá seu registro ou comentário aprovado. Caso contrário, há uma espera de 5 segundos antes da próxima tentativa.

Um bot automático ou de SPAM não saberia qual sentimento certo, já que ele não foi feito para interpretar as perguntas – apenas tentar ler a sequência e inseri-la no campo. E o grupo também acredita que isso pode diminuir a quantidade de trolls nos campos de comentários, afinal o sistema tem alta chance de provocar um pouco de empatia neles (ou pelo menos tenta).

Quem quiser instalar o sistema pode pegar as instruções no site do Civil Rights Captcha e um teste está disponível nessa página. O sistema ainda pode ser burlado se uma pessoa contratar um daqueles serviços em que humanos leem e digitam CAPTCHAS durante todo o dia, mas há uma óbvia vantagem da grande eficácia contra robôs automáticos e de quebra ajudar trolls a terem sentimentos.

Um lugar que a Wired cita em que esse sistema de CAPTCHA pode ser bastante útil é o campo de comentários de vídeos no YouTube, onde trolls se proliferam mais rápido do que coelhos.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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