Oi se arrepende de não ter investido na implantação do 3G e promete melhorar com 4G

Operadora não acredita em redes HSPA+ e prefere investir em redes LTE.

Lucas Braga
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• Atualizado há 1 semana
4G da Oi em testes na Futurecom.

Rio de Janeiro – Em coletiva na Futurecom 2012, o diretor de operações da Oi James Meaney apresentou oficialmente os fornecedores de equipamentos para a rede de quarta geração. Alcatel-Lucent, Ericsson e Nokia Siemens serão responsáveis pelas antenas e equipamentos de acesso no LTE da operadora. A Oi lamenta não ter investido o suficiente em dados móveis durante a implantação das redes 3G, fator que deixou a operadora com a menor cobertura perante as concorrentes.

Para compensar, a operadora anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para a montagem da rede 4G. Desse total estão excluídos os valores das licenças adquiridas em leilão da Anatel em junho desse ano. No ano passado, a operadora afirmou que iria investir também em HSPA+, tecnologia que permite maiores velocidades pelas próprias redes 3G, similar ao 3GMax da Claro e o 3GPlus da Vivo. A Oi não possui uma operação comercial sequer nessa tecnologia, quando questionado pelo Tecnoblog, Meaney afirmou que a operadora irá concentrar seus esforços no LTE.

A justificativa é o valor do investimento: o custo por gigabyte para redes 4G é muito mais barato do que no 3G. Por mais que o serviço em LTE pese mais no bolso do consumidor, a diferença de preço para o que seria cobrado em redes 3G Plus seria pouco significativa. Isso significa que, para a operadora, o investimento em 3G Plus não compensaria. Ao mesmo tempo, a operadora não descarta a operação nessa tecnologia.

Além disso, Meaney também afirmou que uma das preocupações da Oi é com a qualidade. Para a operadora, é importante que o cliente esteja satisfeito com o serviço e por isso investirá na criação de 2,3 mil sites (antenas) específicos para o 4G até 2013 – algo que Meaney citou como um destaque para o mercado. O que a Oi não sabia é que a Vivo anunciou um número ainda maior de sites divididos em lotes de de dois fornecedores (Huawei e Ericsson). Ou seja: se a operadora realmente quer correr atrás de qualidade, é melhor investir um pouco mais.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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