Nintendo Wii U evolui o conceito original do Wii

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana
GamePad do Wii U: bem leve | Clique para ampliar

Na semana passada aconteceu aqui em São Paulo mais uma edição da Brasil Game show, feira em que fabricantes de consoles e desenvolvedoras de jogos mostram o que vão lançar no Brasil em breve. Uma das empresas era a Nintendo e lá ela demonstrou seu mais novo console, o Wii U. Eu tive a chance de brincar por alguns minutos com um deles e abaixo você encontra minhas primeiras impressões.

A primeira coisa que notei é que o GamePad (o tablet com controles quer acompanha o Wii U) é mais leve do que eu imaginava que seria. E depois percebi a razão da leveza: em grande parte dos games, o jogador vai precisar segurar o controle com uma mão e interagir com a tela dele usando a outra. Logo, o controle precisa ser leve para não deixar o punho do usuário dolorido já nos três primeiros minutos de jogo.

Tive tempo para testar dois jogos no Wii U: Super Mario Bros U e Rayman Legends. Em Super Mario Bros U, a pessoa encarregada do GamePad pode atrapalhar ou ajudar os jogadores a atingirem plataformas ao criar blocos no meio das fases, no chamado Boost Mode. Em Rayman Legends, acontece algo similar. É possível não só interagir com o cenário como também usar o acelerômetro do GamePad para mudar a perspectiva de uma fase.

Para ter uma ideia melhor de como ele funciona, veja abaixo o trailer do Super Mario Bros. U publicado pela Nintendo no mês passado.


(Vídeo no YouTube)

A resposta do controle foi bem rápida, não consegui perceber nenhum atraso entre o toque e a ação na tela. Dito isso, ela usa tecnologia resistiva para registrar o toque, o que pode não ser a melhor de todas mas era algo esperado já que a Nintendo usa a mesma tecnologia na sua série de portáteis Nintendo DS. Por final, acho que há um problema com o Wii U: quem jogar pode constantemente ficar na indecisão de olhar para a tela do GamePad ou para a tela da TV. E quem tentar olhar para os dois ao mesmo tempo, corre o risco de perder preciosos segundos de jogatina.

Super Mario Bros . U: 14ª jogo de Super Mario | Clique para ampliar

Como um todo, eu curti o Wii U. Estou um pouco menos empolgado com ele do que estava quando o console foi originalmente anunciado, mas ainda acho que parece ser um console que evoluiu o conceito original do Wii e, por ter suporte a 1080p, fica a par com o que os demais oferecem em termos de vídeo. Talvez suas entranhas revelem-se menos poderosas do que o PS3 ou o Xbox 360, mas a Nintendo não deixa isso muito na cara. Resta saber se os jogos disponíveis para a plataforma vão motivar o upgrade de quem já tem o Wii.

Boost Mode no GamePad: atrapalhar ou ajudar, o jogador escolhe | Clique para ampliar

Por algum motivo, a política de fotos e vídeos da Nintendo dizia que era proibido tirar fotos com zoom da tela do gamepad ou sem pessoas jogando. Talvez se a lente fosse aproximada o bastante perceberíamos pixels? E se isso acontecesse, qual o problema? Nintendo e sua paranóia.

O Wii U não tem data para ser lançado no Brasil ainda, mas com a proximidade do Natal, é seguro assumir que ele seja lançado no país já esse ano. E não há problema em termos de retrocompatiblidade, pelo menos em acessórios: um dos panfletos garantia que os itens do Wii seriam compatíveis com o Wii U.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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