O Vale do Silício do leste – uma oportunidade para os brazucas

Ana Freitas
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• Atualizado há 7 horas

De Berlim – É assim que investidores e empreendedores têm chamado Berlim nos últimos dois anos. Com um custo de vida irrisório comparado às outras capitais europeias, a cidade entrou no radar pra fundação de pequenos negócios nesse período. Sem contar a arquitetura exuberante, as festas que duram três dias sem parar, o valor histórico, os canais…

O resultado é que a cena tecnológica de Berlim é riquíssima. O bairro de Kreuzberg, por exemplo, com galpões industriais e imigração turca fortíssima, é um dos que mais concentra essas empresas. Os galpões se tornaram salas comerciais e a cena noturna acaba sendo um atrativo a mais pra esses jovens que querem colocar as ideias em prática.

E se o negócio está começando, não é preciso nem alugar uma sala: por 100 euros por mês, você garante o seu lugar em uma mesa ao lado de outros pequenos empreendedores. É o chamado coworking, que atrai um monte de tipo de empresários, dos que querem iniciar um negócio fixo por aqui àqueles que são nômades e, munidos de laptop, instalam-se de 6 em 6 meses em uma cidade diferente.

O coworking tem como vantagem a possibilidade de conhecer gente e trocar experiências. Isso pode, no mínimo, gerar bons amigos e companheiros pra cerveja; em um cenário perfeito, vai proporcionar encontros com possíveis parceiros profissionais. Todo mundo sai ganhando.

As áreas de atuação das empresas por aqui são muitas. De games aos softwares médicos, Berlim e sua atmosfera efervescente abrigam todo tipo de ideia. Isso significa que não faltam empregos pra quem é de tecnologia, especialmente pra quem é da área técnica – ou seja, programadores (muitos de vocês, calculo).

A demanda por garotos de programa (heh) é tão alta que não é incomum as empresas buscarem por gente além mar, e isso inclui muitas vezes o Brasil. O salário dos programadores acompanha a demanda, mas isso geralmente só se aplica às empresas já consolidadas.

Trazer um profissional do Brasil custa caro – pra conseguir aprovação do visto, a empresa precisa garantir ao departamento de imigração que vai pagar ao funcionário uma quantia suficiente pra que ele se mantenha. Além disso, também é necessário provar que é realmente imprescindível trazer esse profissional de tão longe. Falar alemão quase sempre não é necessário pra essas vagas: inglês basta.

Essa quantia mínima pra trazer um profissional daí do Brasil gira em torno de 1.500 e 2.000 euros, que é uma bolada em uma cidade em que o aluguel de um apartamento custa 500 euros, mas pode variar. E se você for muito bom em determinada área, pode ter certeza que algumas empresas vão considerar a possibilidade de pleitear um visto pra você.

O mais surpreendente é que não são poucas as empresas com negócios no mercado brasileiro. É isso mesmo: Berlim está abarrotada de companhias que, mesmo baseadas aqui, mantém operações na nossa terra querida. E isso significa que rolam vagas, também, pro pessoal da área administrativa e de marketing. Geralmente, essas pedem português, inglês e alemão, então é bom ir estudando a língua de Goethe.

Animou? É só dar uma olhada nos sites Venture Village e Berlin Startup Jobs, que divulgam periodicamente vagas em startups.

Além disso, vale dar uma olhada na seção de vagas daquela empresa que você sonha em trabalhar. AirBnB, SoundCould, Google e Ebay são só algumas das empresas que têm escritório aqui. E muitas empresas recrutam via LinkedIn, então vale manter seu perfil atualizado.

Se der tudo certo, me avisa e a gente toma uma cerveja. 🙂

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