Conversa entre jornais e Google News não produziu resultados
Acordo com Google News "afetou radicalmente o ranquamento" das páginas
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) divulgou na tarde de ontem – enquanto uma falha na Amazon deixou diversos sites offline, inclusive este Tecnoblog – no qual afirma ter dialogado com o Google no Brasil antes de decidir pela retirada dos conteúdos do Google News (Google Notícias em português), o mecanismo de busca por matérias noticiosas do gigante da web.
De acordo com o texto encaminhado à redação, a ANJ e o Google concordaram com um projeto no qual as tradicionais quatro ou cinco linhas de matéria normalmente exibidas no Google News seriam reduzidas para somente uma linha. Não deu certo.
“O projeto não foi avante em decorrência de um problema técnico: ao contrário do que havia garantido o Google, a redução no número de linhas exibidas afetou radicalmente o ranqueamento dos resultados exibidos nas buscas.”
A ANJ reconhece que alguns dos 154 membros da associação optaram individualmente por sair do Google News. Os demais seguiram a resolução do órgão após conclusão de que o mecanismo de pesquisas noticiosas “não contribuía de forma significativa nem para a audiência dos sites dos jornais, nem para a rentabilização da audiência”.
O Google trata os mecanismos de busca tradicional e de busca por notícias de maneira independente. Pelo que se tem conhecimento, a ANJ não publicou qualquer recomendação para que os jornais saiam também da busca convencional do Google. A saída se resume somente ao Google Notícias para o território brasileiro.
Todos os jornais ligados à ANJ respondem por 90% da circulação diária no país. Difícil responder qual é a fatia de mercado que eles tomam dentre os sites de notícias.
O Google Brasil não se manifestou sobre o assunto.
É importante salientar que alguns dos jornais presentes na ANJ fazem parte de conglomerados maiores com importante participação na internet. O Globo, a título de exemplo, pertence ao mesmo Grupo Globo que publica na rede o G1. TB