Folding@home: como você pode ajudar a encontrar a cura para o câncer

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

Você já reparou que, na maior parte do tempo, o uso do seu processador não chega nem a 10%? Já pensou em doar esse processamento ocioso para uma causa nobre? Isso é possível com o Folding@home, um projeto de computação distribuída desenvolvido pela Universidade Stanford para ajudar a entender o desenvolvimento de doenças como o mal de Alzheimer e vários tipos de câncer.

O funcionamento do Folding@home é bem simples: você só precisa instalar um software, que está disponível para Windows, Linux e OS X, e o resto é feito automaticamente. O programa usa o seu processador para fazer simulações de enovelamentos de proteínas e periodicamente recebe e envia dados para os servidores do projeto. Como muitas pessoas estão participando (hoje são mais de 250 mil processadores ativos!), a rede possui uma capacidade de processamento enorme e os resultados poderão ser obtidos mais rapidamente.

Ficou interessado? Para contribuir com o projeto, baixe e instale o cliente no site do Folding@home. Durante a instalação, escolha um nome de usuário, digite a sua passkey (ela pode ser gerada neste link) e coloque a ID do time do Tecnoblog: 222770. Aí é só deixar o programa rodando em plano de fundo e usar seu PC normalmente. Você nem precisa levantar da sua cadeira!

Perguntas frequentes

O que eu ganho com isso?

Em dinheiro, nada. Mas, hey, você vai estar ajudando a encontrar tratamentos para várias doenças e não precisa fazer praticamente nada — só instalar um programa e deixá-lo rodando em plano de fundo. Qualquer um poderá ter câncer, Alzheimer ou Parkinson no futuro, inclusive você, seus parentes e seus amigos (embora eu não deseje isso para ninguém).

O que o Tecnoblog ganha com isso? Por que eu devo participar do time de vocês?

Também não estamos ganhando dinheiro com o projeto, mas estamos felizes em contribuir com o Folding@home. E você não precisa participar do nosso time: vários sites grandes, inclusive brasileiros, já possuem seus próprios grupos. Mas seria legal ajudar o seu blog preferido de tecnologia a chegar ao topo do ranking, não? 😀

Qual o prêmio para quem ficar em primeiro lugar no time do Tecnoblog?

Você ganha um “muito obrigado” novinho em folha. Estamos pensando em alguns presentes legais, mas isso é tudo o que temos a oferecer no momento. Ah sim: as pessoas que forem beneficiadas pelos resultados do Folding@home também vão ficar bastante agradecidas. O ranking do time do Tecnoblog está disponível aqui.

O programa não vai deixar meu PC lerdo?

Não! Estamos com o Folding@home nos notebooks da redação e nem lembramos que ele está rodando durante o expediente. Isso porque, apesar de consumir muitos recursos da sua máquina (o gerenciador de tarefas vai mostrar um processamento próximo a 100% na maior parte do tempo), o processo do Folding@home roda com prioridade mínima no sistema. Qualquer aplicativo ou jogo terá prioridade maior e funcionará normalmente na sua máquina.

Vou gastar mais energia elétrica? A vida útil do meu processador vai diminuir?

Sim. Como o processador estará trabalhando a todo vapor, a conta de energia elétrica vai aumentar — apesar desse aumento não ser tão significativo. A vida útil do processador poderá ser diminuída, especialmente se o cooler não for suficiente para resfriar a máquina. Em ambos os casos é possível minimizar esses efeitos diminuindo o uso de CPU do Folding@home. Isso pode ser feito trocando o modo “Novice” para “Advanced” na interface gráfica; depois basta clicar no botão Configure e na aba Advanced:

O Folding@home já existe há mais de 10 anos. O que eles conseguiram até agora?

Dezenas de artigos científicos já foram publicados com base nos dados do Folding@home e eles podem ser acessadas no site oficial.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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