De acordo com o site Digital Trends, o Google foi às compras novamente. Dessa vez, o produto que está na mira do gigante das buscas é o WhatsApp, uma rede social exclusiva para telefones celulares que tem como foco a troca de mensagens instantâneas por meio da conexão de dados do dispositivo. É um rumor que faz sentido: adquirir o WhatsApp seria uma importante estratégia para promover o suposto serviço unificado de mensagens instantâneas do Google, o Babble.

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A princípio, o WhatsApp estaria jogando duro com o Google para aumentar o valor de mercado do Google. Atualmente, o suposto valor de aquisição gira em torno de 1 bilhão de dólares. No momento, o Google não possui market share significativo em serviços de mensagens: o GTalk não é tão popular como o Facebook Messenger e Skype, e o WhatsApp levaria o buscador para um patamar diferente nessa briga.

O maior medo em relação a essa compra seria a possibilidade do Google forçar a migração para outra plataforma ou descontinuar o suporte para o serviço. Isso já aconteceu outras vezes: basta lembrar do sensacional Sparrow, cliente de email para OS X e iOS, que foi adquirido pelo gigante e deixou de receber novidades. O mesmo serve para expandir o WhatsApp para computadores e tablets.

Bia Kunze afirmou em sua coluna que “o coração da vida digital de um usuário de smartphone não são seus contatos do Facebook, ou outra rede qualquer”, e sim a agenda do próprio telefone. É isso que faz o WhatsApp ser tão especial: um chat restrito para quem você conhece e apenas para telefones, mantendo contato apenas com quem você já mantém normalmente e deixando o diálogo mais simples – afinal, digitar no celular é menos prático do que fazer a mesma tarefa em um computador com teclado.

Apesar de se concentrar apenas em telefones, o WhatsApp é bem grande: nas lojas de aplicativos, o fenômeno do chat móvel sempre aparece entre os cinco primeiros apps mais baixados. No réveillon, o serviço processou cerca de 18 bilhões de mensagens, um número bastante considerável. É impossível não notar que o serviço abocanhou boa parte das receitas em SMS com as operadoras, uma vez que o WhatsApp já se mostrou mais barato e diversas vezes até mais confiável que um SMS. O aplicativo está disponível para iPhone, Android, Windows Phone, BlackBerry, Symbian e Nokia S40 e custa US$ 0,99 por ano.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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