Quem está um pouquinho ligado no mercado de games sabe que o Brasil é um país importantíssimo para a área. Não à toa, as maiores empresas de games abriram escritório aqui nos últimos anos e temos uma enorme quantidade de estúdios independentes, que são responsáveis por indie games reconhecidos e premiados em todo o mundo, especialmente os advergames e os para smartphones e tablets. Nessa onda, vem o Favela Wars, do Nano Studio, que está disponível para testes.

O jogo tem como tema a guerra entre polícia e traficantes no Rio de Janeiro e se passa em 2041. Na história, quem joga como bandido deve proteger o morro para manter o controle, enquanto quem joga como policial tenta tomá-lo. Mas esse é só o pano de fundo; na prática, é um deathmatch em que quem matar primeiro o outro, vence. É um jogo de estratégia por turnos (mesma mecânica de Civilization e Worms, por exemplo) e dá para jogar no browser do computador e em dispositivos móveis (Android e iOS).

Para testar, é só entrar no site, fazer seu cadastro e começar a jogar. Quem não quiser aprender na marra pode dar uma olhada no guia que o estúdio fez – não há nenhum tipo de tutorial durante o jogo.

Por causa disso, minha primeira tentativa se resumiu a andar à toa pelo cenário (muito bem feito, aliás, com atenção para detalhes como um violão encostado na parede e um carro queimado), sem nenhuma ação. Depois, vieram várias em que o jogo me levou de volta ao lobby assim que completava a barra de “carregando”. Notei, nessas vezes, muita lentidão para montar a sala e iniciar (quando deu para iniciar) uma partida. Quando finalmente consegui abrir um novo mapa, mandei meu pelotão andar à toa pela favela até trombar inesperadamente com um traficante – aí a ação se iniciaria, mas o oponente saiu da sala, provavelmente porque não encontrou ninguém para brincar e nem sabia que era preciso desbravar o morro até achar.

Sem título

Falando dos personagens e suas classes, não deve haver nenhuma grande surpresa para quem já jogou algum game de guerra. Pelo vídeo de divulgação, parecem a versão brasileira de vários personagens do Team Fortress 2, como Heavy, Spy, Scout e Sniper. Infelizmente, não deu para testar as habilidades de cada um. Também há um monte de armas e soldados que podem ser compradas com moedas do próprio jogo ou com dinheiro de verdade – uma forma do estúdio ganhar dinheiro sem ter que cobrar pelo game, que é grátis.

No fim, a impressão que Favela Wars me passou é de que é um jogo que está longe de acabado e se disfarçou de beta para apressar o lançamento. Mas, como é a intenção de um beta, esperamos que os desenvolvedores utilizem as críticas para lançar uma versão final redondinha porque o game tem, sim, bastante potencial.

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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