Google revela especificações do Google Glass

Óculos têm 16 GB de armazenamento interno e bateria com duração de um dia.
Aplicativos para o Glass deverão seguir as diretrizes do Google.

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

O Google revelou as especificações do Google Glass, óculos inteligentes que inicialmente estarão disponíveis apenas para desenvolvedores, por US$ 1,5 mil. A empresa também divulgou as principais diretrizes que os aplicativos deverão seguir: neste primeiro momento, eles não poderão ter nenhuma propaganda e não devem ser distribuídos fora dos canais oficiais do Google.

Os óculos terão 16 GB de armazenamento interno, sendo 12 GB disponíveis ao usuário, e as informações podem ser sincronizadas com os servidores do Google. A câmera tira fotos de 5 megapixels e grava vídeos em 720p. O som é transmitido através de vibrações conduzidas pelos ossos do crânio, permitindo que você escute o Google Glass enquanto ouve o que está acontecendo ao seu redor.

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A bateria é suficiente para durar “um dia de uso típico”, entretanto, o Google alerta que alguns recursos, como Hangouts e filmagens, gastam mais energia. Na caixa há um carregador microUSB, e o Google não recomenda o uso de carregadores alternativos: “Embora existam milhares de carregadores microUSB, o Glass foi desenvolvido e testado com o carregador incluso em mente. Use-o e garanta um uso longo e próspero para o Glass”.

Eles terão conectividade Wi-Fi 802.11 b/g e Bluetooth. Usando um aplicativo chamado MyGlass, que está disponível para smartphones Android no Google Play, é possível adicionar funções de GPS e SMS ao Glass.

A tela dos óculos seria “equivalente a uma tela de alta resolução de 25 polegadas a 2,4 metros de distância”. De acordo com o The Verge, ela possui resolução de 640×340 pixels – o que não é pouco, se considerarmos o tamanho minúsculo do visor.

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Há quatro diretrizes que os desenvolvedores devem seguir ao criar aplicativos para o Glass:

  • Desenvolver para o Glass: o Glass é um dispositivo novo, então teste seu aplicativo diretamente nos óculos para verificar se ele oferece uma experiência adequada;
  • Não atrapalhar o usuário: não mande notificações chamativas ou com muita frequência;
  • Manter o aplicativo atualizado: traga sempre a informação mais recente;
  • Evitar o inesperado: deixe claro o que o seu aplicativo faz e peça permissão antes de executar funções.

Todas as informações para desenvolvedores estão nesta página do Google Developers. Há um playground para que você possa brincar de desenvolver aplicativos para o Google Glass, usando HTML, CSS e JSON. Lembre-se que, pelo menos durante esta fase de testes, você não ganhará dinheiro com aplicativos pagos ou anúncios – o Google deve revelar mais detalhes sobre o modelo de pagamento do Glass no futuro.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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