Empresa que colaborar com espionagem americana poderá ser fechada, ameaça governo
A situação entre o governo do Brasil e dos Estados Unidos não está boa. Após as denúncias de que a Casa Branca estaria espionando Dilma Rousseff e outros membros do alto escalão do governo, a presidente não quer deixar barato e quer que empresas que colaboraram com a espionagem norte-americana tenham suas operações finalizadas.
“Pode ser banco, empresa de telefonia”, disse o ministro das Comunicações Paulo Bernardo ao Estadão. Ele afirma que quaisquer empresas que tiverem cooperando com o programa de espionagem dos Estados Unidos poderão ter suas operações cassadas. Isso é um pouco preocupante, especialmente no cenário de telefonia, onde a ausência de qualquer operadora pode significar um certo colapso na operação de outras.
A verdade é que as empresas de telecomunicações podem ser grandes alvos de toda a espionagem. Como a maioria das fibras ópticas submarinas do Brasil liga-se diretamente aos Estados Unidos, é inevitável que diversas informações de brasileiros sejam trafegadas no solo norte-americano. De todos os nossos cabos submarinos, apenas quatro não passam no território estadunidense. De lá, o governo americano pode interceptar os dados sem ninguém saber.
Outro desejo do governo é que empresas estrangeiras sejam obrigadas a instalar datacenters no Brasil, a fim de que dados de brasileiros permaneçam aqui e não lá fora. Isso inclui sites como Facebook, Gmail e tantos outros diversos. A proposta seguirá para o marco civil da internet brasileira.
Além dessas medidas, o governo brasileiro propõe o uso de tecnologias mais antigas e defasadas, para evitar espionagem. Para ficar igual aos japoneses, o Planalto propõe utilizar mais fax e telegramas, evitando que dados sensíveis vazem.
Com informações: O Globo