Review: LG G2, um Android topo de linha com ótimo custo-benefício

Por R$ 1.999, o LG G2 é possivelmente o melhor Android high-end no mercado atualmente

Giovana Penatti
Por
• Atualizado há 1 ano
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Cerca de três meses depois do lançamento no exterior, o G2, mais novo smartphone topo de linha da LG, chegou ao Brasil. É um tempo bem curto em relação a outros lançamentos da LG – o Optimus G, por exemplo, demorou uns oito meses.

O G2 veio com uma grande vantagem em relação à concorrência: o preço. Pela etiqueta sugerida de R$ 1.999, ele é bem mais acessível que outros aparelhos também topo de linha. E no desempenho, será que ele também passa na frente? Passei cerca de uma semana com o aparelho para responder a essa pergunta.

Design e pegada

O G2 tem construção em plástico, mas o acabamento é caprichado e não tem cara de barato. A traseira com bordas levemente arredondadas adiciona pontos importantes quanto à ergonomia: a pegada é bem confortável e ele se acomoda confortavelmente na mão.

Há uma sutil textura de tecido na parte traseira, mas ela não faz muita coisa para dar mais segurança ao segurá-lo: a tampa continua sendo muito lisa e o G2 é bem escorregadio, além de ficar facilmente povoado por marcas de digitais.

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Mas, apesar de escorregadio, ele não caiu nenhuma vez nos dias que ficou comigo. Talvez seja culpa da posição dos botões, que, segundo a LG, realmente evita as quedas.

Esse é o principal detalhe no design do G2: a concentração dos botões de volume e para ligar na traseira, logo abaixo da câmera. Lembro que, quando as imagens dele começaram a vazar, a justificativa para esse posicionamento era que o aparelho era fino demais para que eles ficassem nas laterais. De fato, se não fosse a parte curvada, ele realmente seria muito fino. Mas a espessura total não é tão impressionante: 8,9 mm.

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Demora algum tempo para se acostumar a usar esses botões atrás. O primeiro impulso para aumentar ou abaixar o volume é, inevitavelmente, buscá-los na lateral. O mesmo ocorre para ligar o aparelho. Mas, passado esse estranhamento inicial, não há nenhum problema. De fato, a localização é exata para que se mexa neles confortavelmente com o dedo indicador. A câmera, também na parte traseira, é protegida por um vidro de safira que, segundo a LG, não risca e não fica com marcas (mas é só encostar o dedo nele para ver suas impressões digitais ali).

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A única coisa que tem nas laterais do aparelho são a P2 e a Micro USB na parte inferior – uma localização também peculiar para a P2, inclusive. Várias vezes tirei o aparelho do bolso de ponta-cabeça, acostumada com essa porta na parte superior.

Há também a bandeja para Micro-SIM ao lado da tela.

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Na parte frontal, o vidro é Gorilla Glass 2 para proteger contra riscos. Não há botões, nem sensíveis ao toque. Um detalhe interessante do design é que as bordas do vidro da tela são levemente curvadas, o que dá uma sensação interessante ao manusear. Na prática, não faz mais diferença além disso. Mas notei que, próximo à borda, em poucos dias surgiram riscos bem na curva, por deixar o aparelho na bolsa ou no bolso da calça.

Tela e interface

A tela com tecnologia IPS e resolução Full HD é lindíssima. O brilho quase exagerado deixa as cores vibrantes e é impossível enxergar pixels – a não ser que se esforce bastante para isso.

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As bordas reduzidas, tanto nas laterais como no topo e embaixo, dão a impressão de que a tela é ainda maior que suas 5,2 polegadas. Para preservar as bordas finas, os botões de opções, home e voltar ocupam uma parte da tela, mas cedem o espaço quando não há necessidade deles (como, por exemplo, ao assistir vídeos em tela cheia).

O G2 roda a versão 4.2.2 do Android com uma interface personalizada pela LG. Ela não deve agradar quem é fã do Android puro, já que lembra a TouchWiz da Samsung em alguns quesitos, como os ícones bem coloridos ou a quantidade de animações.

Também há muitas personalizações a serem feitas pelo usuário, desde as sete animações de transição de tela aos ícones do padrão de desbloqueio da tela; há o básico, um com gotas de orvalho e outro com balões.

O menu de notificações vem da fábrica bastante carregado, mas dá para aliviar a quantidade de informações. Na barra de acesso rápido, por exemplo, há 19 ícones carregados; é desnecessário ter tudo isso no acesso rápido, mas dá para escolher entre eles os que ficam.

Essa é só a primeira linha; na segunda, ficam os aplicativos compatíveis com QSlide (logo abaixo falamos mais sobre isso) e, em seguida, a barra de ajuste de brilho e a de volume. Tudo isso ocupa a metade da tela; as notificações aparecem da metade para baixo.

O QSlide não é exclusividade do G2. Essa função permite que alguns aplicativos funcionem sobrepostos a outros, inclusive com a função de deixá-los menos opacos para mexer nos ícones que estão por trás. Ao todo, são nove os nativos que têm suporte.

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Outra função legal do smartphone é o modo convidado, em que um perfil paralelo e que só dá acesso a alguns aplicativos designados pelo usuário é criado – por exemplo, você pode deixar só a câmera e o player de música disponíveis para outras pessoas. Mas ele não é perfeito: exibe o recebimento de notificações na barra superior, ao lado do relógio. Não dá para acessá-las mas, por exemplo, ao receber uma mensagem de texto, ela é exibida ali  linha a linha e seu convidado pode ler.

Dois detalhes ainda merecem serem citados aqui: o teclado e a função de copiar texto.

Manusear um smartphone de tela de 5 polegadas com uma mão só não é fácil e a LG sabe disso. Para facilitar, é possível configurar o aparecimento de um teclado que ocupa um espaço menor da tela, ficando grudado em uma lateral. Dá para trocar ele de lado apenas arrastando o dedo por cima, caso prefira digitar com a mão direita ou a esquerda.

Outro recurso bacana é para colar textos. Ao copiar algum e manter o dedo sobre o campo onde ele será colado, é mostrada a opção “últimas cópias”, que abre uma janelinha com os últimos conteúdos copiados.

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Apps

Quem odeia a poluição de aplicativos nativos nos smartphones pode se irritar com a quantidade de apps enfiados no G2. Eles são bem equilibrados quanto à utilidade: há os que são bem legais e outros que poderiam ser desinstalados sem problemas logo – principalmente os jogos da Gameloft, que vêm com o Android: Brain Challenge, Uno, Little Big City, Littlest Pet Shop e Wonder Zoo.

  • Caderno – app para tomar notas. É possível criar cadernos de anotações, que são uma mão na roda para quem utiliza bastante esse tipo de coisa a trabalho ou na faculdade e ajudam a organizar as informações. A sensibilidade da tela para escrever com letra cursiva é excelente.
  • Quick remote – controle remoto universal compatível com TV, TV a cabo, aparelho de som, DVD, Blu-ray, ar condicionado e projetor. Pode ser personalizado de acordo com o ambiente.
  • Quick translator – tradutor nativo, aceita palavras digitadas, faladas ou fotografadas (o reconhecimento é excelente). O primeiro dicionário é gratuito; os demais custam cerca de R$ 9,80 e podem ser baixados na Play Store.
  • Safety care – pode ser configurado para proteger o dono do aparelho em situações de emergência, como enviar um SMS para um contato específico com a localização ao sair de uma área pré-determinada (bom para pais saberem onde os filhos estão) ou quando o celular fica algum tempo sem ser utilizado.
  • LG Backup – auto-explicativo, faz cópias de segurança dos dados, que podem ser agendadas, transfere arquivos para outros aparelhos via NFC e faz a restauração dos arquivos do último backup.
  • Life Square – cria uma linha do tempo com fotos, compromissos e gravações de voz, entre outros. Bem dispensável.

Multimídia

Nesta categoria, o G2 tem bons apps nativos para quem quer apenas reproduzir vídeos e áudio. Ele também conta com rádio FM, que é algo cada vez mais incomum em smartphones, especialmente nos high-end como o G2.

O player de música tem um equalizador que conta com ajustes pré-programados e personalizáveis e aceita arquivos da memória interna, de dispositivos próximos via Wi-Fi e da nuvem. Também há um botão que busca a faixa no YouTube, para encontrar videoclipes, apresentações ao vivo e o que mais o site de vídeos tiver com esse nome.

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Já o player de vídeo é mais simples: apenas reproduz os arquivos. Em todos os formatos testados (AVI, MKV e MP4), os vídeos rodaram sem problemas, mas não foi possível adiantar na reprodução de nenhum deles. O app tem um botão para tirar screenshots dos vídeos e é compatível com o QSlide mencionado anteriormente.

O rádio tem um grande botão para procurar estações que lembra os de rádios antigos e seis slots para gravar as rádios preferidas na memória. Ele só funciona com o fone de ouvido conectado.

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Também vale mencionar a interface desses aplicativos, que é muito bonita: os botões imitam aço escovado e dão uma cara bem elegante a eles.

Câmera

Vários sites apontam o LG G2 como a resposta da LG para o Galaxy S4 da Samsung. De fato, os dois aparelhos realmente se parecem em diversos aspectos, como a quantidade de aplicativos nem sempre muito úteis embarcados pelo fabricante e as diversas funções da câmera – algumas parecem claramente, digamos, inspiradas no S4, como a câmera dupla.

A câmera de 13 MP entrega fotos de qualidade ótima. A fidelidade de cores é um destaque e a definição é digna de um aparelho topo de linha. Ao ver as fotos em tamanho natural, percebe-se que parte deles se perde – por exemplo, nas copas de árvores. Isso é normal. Mas fiquei surpresa com a perda de detalhes em geral em cenas amplas; algumas chegam a parecer tratadas com o efeito Cutout do Photoshop de tanto detalhe perdido. Também é possível ver uma granulação levemente incômoda no tamanho original em alguns momentos. Mas esses dois defeitos ainda passam longe de inutilizar a imagem.

Nas fotos de objetos próximos, a definição é bem próxima de excelente – novamente, lembrando que se trata da câmera de um smartphone. Quem é exigente consegue perceber algumas distorções com as imagens no tamanho original, mas elas são bem sutis.

Quanto às imagens noturnas, as diferenças entre o modo automático e o noturno não são tão expressivas: as fotos nos dois modos saem ruins, com luzes estouradas e muita granulação (um pouco menos no modo dedicado a esse ambiente, mas, ainda assim, poderia ser bem melhor).

foto noturna e normal

Além dos tradicionais normal, HDR, esporte, panorama e noturno, há modos mais elaborados deles (como o automático inteligente, que ajusta as características automaticamente, e o panorama VR, que faz fotos em 360 graus) e os “especiais”:

  • Disparo e reparação: destaca objetos que podem ser removidos depois com um toque (por exemplo, pessoas passando no fundo de uma foto).
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  • Disparo contínuo: faz 20 fotos instantâneas.
  • Filtro de imperfeição: suaviza as imperfeições da pele e aumenta o brilho. Dá para regular a intensidade do efeito, mas ele é extremamente artificial mesmo baixo.
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  • Câmera dupla: abre uma janelinha na tela para capturar imagens pela câmera frontal e pela traseira ao mesmo tempo. Por padrão, a frontal fica numa janelinha; para inverter, é só dar um toque nela.
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  • Captura prévia de imagens: faz uma série de fotos e permite escolher os melhores resultados para serem salvos.

Com a marcação geográfica, pode-se clicar no ícone na foto e abrir o Google Maps para ver onde a foto foi tirada. Caso o endereço não esteja correto e você seja tão perfeccionista, dá para editar e colocar o exato.

Também é possível para disparar fotos com comandos de voz. O aparelho reconhece cinco: “LG”, “smile”, “whisky”, “kimchi” e “chesse”. É bem útil para fotos em grupo, quando não tem ninguém para bater, em vez do temporizador. E o celular ensina a pronúncia certinha de cada uma delas.

Para vídeos, é possível gravar em resolução Full HD a 30 fps ou 60 fps (por algum motivo obscuro, o teste de vídeo não estava com a opção de Full HD no YouTube quando fizemos o upload. Quando isso estiver resolvido, removeremos este aviso). Um recurso bem útil, especialmente em ambientes barulhentos, é o de ampliar áudio: basta direcionar o círculo que fica na imagem para a fonte de áudio para tê-la amplificada.

Além do modo normal, há outros disponíveis no G2:

  • Efeito ao vivo: coloca efeitos nos rostos da pessoa filmada: olhos grandes, boca pequeno, nariz grande, rosto fino, etc. É preciso estar próximo da câmera para que ela identifique onde aplicá-los.
  • Gravação dupla: assim como na câmera dupla do modo de foto, utiliza a câmera frontal numa janelinha e a traseira ao mesmo tempo. Também dá para inverter.
  • Controle de zoom: destaca, em uma janela, uma área que será aumentada. No vídeo final, a janelinha fica sobreposta à outra imagem destacando o que se queria mostrar.

Hardware

Listando as especificações do motor desse smartphone, o G2 tem processador Snapdragon 800 quad-core de 2,26 GHz, GPU Adreno 330 e 2 GB de RAM.

Na prática, o desempenho é exemplar. Não presenciei nenhum travamento, engasgamento ou lentidão, mesmo com diversos aplicativos rodando ao mesmo tempo e até com um vídeo no QSlide enquanto desempenhava outras funções. Jogos pesados como Dead Trigger 2 e Real Racing 3 rodaram sem dificuldades (e, diga-se de passagem, com gráficos lindos).

Nos momentos de uso mais intenso, o aparelho esquentou próximo aos botões traseiros, mas isso é compreensível e não foi muito incômodo.

Nos testes de benchmark, ele marcou 33.109 pontos no AnTuTu, 20.456 no Quadrant Standard e 2.918 no Vellamo. Os resultados ficaram bem próximos do Xperia Z1, topo de linha da Sony. Pudera: os números do hardware são idênticos nos dois aparelhos.

Também fizemos testes de benchmark baseados na web e estes foram os resultados:

  • Sunspider 1.0.2: 906,6 ms
  • Mozilla Kraken 1.1: 7772,1 ms
  • Google Octane 2.0: 3.453

Acessórios e conectividade

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Na parte de conexões, o G2 tem o combo padrão de smartphones topo de linha: Bluetooth 4.0, NFC, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac e compatibilidade com a rede LTE, ou seja, 4G. A conexão com o computador é feita via  Micro USB e não há slot para microSD, ou seja, a memória interna de 16 GB – que já tem espaço bem reduzido para o usuário, só 10 GB.

Acompanham o G2 na caixa um fone de ouvido e borrachinhas extras, um pino para abrir o slot do microSD, cabo Micro USB e carregador, além do manual.

O fone de ouvido do aparelho é um destaque. A qualidade do som é muito boa e, apesar dos agudos serem um pouco estourados, os graves são bem marcados. Melhora, claro, com uma equalização caprichada. Outro ponto positivo é o cabo flat, que dificulta a formação de nós. Por fim, o design dele é muito bonito.

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Bateria

A bateria do G2 tem 3.000 mAh e duração excelente. Utilizando-o como meu smartphone principal durante alguns dias, a vantagem que ele leva sobre outros aparelhos com menor capacidade é facilmente perceptível. Em uma tarde, passei cerca de duas horas no transporte público lutando contra o tédio ouvindo música (tanto MP3 salvos no smartphone quanto rádio) e mexendo nas redes sociais, sem uma mudança radical na carga da bateria. Com uso moderado, ele aguenta o dia todo.

Nos testes de bateria do Tecnoblog, ele completou o moderado com 81% da carga remanescente e o intenso, com 55%. Uma excelente marca.

Se a incrível bateria dele ainda não for suficiente, é bom levar o carregador com você ou ter um portátil; a bateria é vedada e, portanto, é impossível trocar por baterias extras.

Conclusão

Retomando a questão do início do review, dá para dizer sem pestanejar que o G2 tem um lugar no Olimpo dos smartphones topo de linha atualmente. Ele contempla toda a checklist dessa categoria: uma tela Full HD de qualidade ímpar e um tamanho razoável, processador quad-core, boa duração de bateria. Também traz alguns dos pontos negativos que têm se tornado comuns, como o armazenamento interno relativamente pequeno e sem possibilidade de expansão via microSD.

Com hardware de ponta e um preço competitivo para sua categoria, é difícil achar motivos para criticar o aparelho.  Não é perfeito, claro, mas parece ser bem próximo do ideal para o momento do mercado e tem fôlego para fazer valer o investimento por um bom tempo, até que as tendências mudem o suficiente para justificar sua troca.

Pontos positivos

  • Qualidade de tela incrível
  • Desempenho excelente
  • Muito ergonômico
  • Duração da bateria

Pontos negativos

  • Corpo em plástico que dá sensação de fragilidade
  • Pouco espaço interno, sem microSD
  • Excesso de apps de utilidade duvidosa

Especificações técnicas

  • Bateria: 3.000 mAh.
  • Câmera: 13 megapixels (traseira) e 2,1 megapixels (frontal).
  • Conectividade: 3G, 4G, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, GPS, Bluetooth 4.0, USB 2.0, NFC.
  • Dimensões: 13,85 x 7,09 x 0,89 cm.
  • GPU: Adreno 330.
  • Kit contém: LG G2, fone de ouvido (3,5 mm), carregador, cabo USB, e manuais de instrução.
  • Memória externa: não há.
  • Memória interna: 16 GB (10,62 GB disponíveis para o usuário).
  • Memória RAM: 2 GB.
  • Peso: 143 gramas.
  • Plataforma: Android 4.2.2 (Jelly Bean).
  • Processador: quad-core Snapdragon 800 de 2,2 GHz.
  • Sensores: acelerômetro, bússola, giroscópio, proximidade.
  • Tela: True HD-IPS LCD de 5,2 polegadas com resolução de 1920×1080 pixels.

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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