Lojas prometem melhorar estoque, atendimento e o fim dos descontos falsos na Black Friday 2013

Giovana Penatti
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• Atualizado há 2 semanas

Amanhã rola a Black Friday, a sexta-feira na qual lojistas abaixam (ou pelo menos deveriam, seguindo a tradição) absurdamente os preços de seus produtos, especialmente os eletrônicos. Como eles são caríssimos no Brasil, é uma boa oportunidade para trocar a TV de casa ou comprar um novo notebook.

Mas a gente sabe que, por aqui, as coisas têm mais cara de Black Fraude – não fui eu que inventei esse trocadilho, tá? Tanto que a própria Forbes, que adora falar de como pagamos caro demais pelas coisas no país, publicou um texto hoje falando sobre como a Black Friday acontece por aqui. É mais comum do que gostaríamos de admitir trombar com ofertas do tipo “metade do dobro” em lojas que aumentam os preços nos dias anteriores à data para poderem maquiar descontos depois. No ano passado, isso foi mais a regra que a exceção: o Reclame Aqui registrou mais de 8 mil reclamações relacionadas à data, sendo que 47% delas foi sobre propaganda enganosa.

Black Friday nos EUA é coisa séria
Black Friday nos EUA é coisa séria

Para evitar a repetição, o Procon fez uma série de reuniões com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) para orientar as empresas participantes a “se comportarem” nesta sexta-feira, aguentarem o tranco de acessos e prestarem um atendimento ao consumidor efetivo da meia noite às 23h59 do dia 29 de novembro.

Ao Valor Econômico, algumas das empresas campeãs de reclamações no ano passado – Nova Pontocom (responsável por Casas Bahia, Ponto Frio e Extra), Walmart.com, Magazine Luiza, Netshoes e Dafiti – falaram do que pretendem fazer para evitar que os percalços de 2012 se repitam. Elas afirmam que, desde o começo do ano, vêm tomando medidas para garantir estoque, qualidade no atendimento e as páginas no ar, inclusive com reforços no pessoal para a Black Friday.

Fique de olho

Ainda assim, é melhor prevenir do que remediar, ainda mais quando o “pós” envolve a frustração de ter problemas numa compra.

Para começar, identificar o que é desconto de verdade e o que é má-fé das lojas. Alguns sites estão trabalhando para encontrar os descontos de verdade: o Buscapé, por exemplo, tem um hotsite só para isso, assim como o Busca Descontos, que organiza a Black Friday “oficial” por aqui e tem uma lista das lojas participantes. Também recomendamos a extensão para Chrome Baixou Agora, que monitora preços na web e mostra se há um melhor em outro site.

Também fique de olho no site escolhido. O Procon tem uma lista de e-commerces que recomenda evitar; são 20 páginas de endereços de diversas áreas que costumam dar algum tipo de problema ao consumidor. Antes de finalizar a compra com um preço incrível, vale dar uma olhada para ter certeza de que não tem nada de errado com o site.

Também é bom relembrar as dicas básicas para fazer compras na internet, como buscar selos de credibilidade como o e-bit no site, um contato “físico” (como telefone ou endereço) e que tipos de informações o site pede para concluir a compra.

O Reclame Aqui também fez um hotsite especial para a Black Friday. Nele, estão reunidas todas as empresas que irão participar da data, com suas reputações no site visíveis e links para suas páginas de descontos. Também é possível fazer reclamações lá mesmo, caso enfrente problemas.

E se der problema?

Se, mesmo com toda a preparação das lojas e do Procon para fazer uma Black Friday de respeito, você encontrar irregularidades nas lojas que oferecem promoções, dá para fazer uma denúncia bem rapidamente pelas redes sociais – sim, é tipo xingar muito no Twitter, mas com a hashtag #deolhonaBlackFriday e uma screenshot para que o Procon investigue a crise e ajude a encontrar uma solução.

As lojas que violarem o código de ética da Black Friday neste ano estarão proibidas de participar no ano que vem, quando o Brasil terá sua quinta edição da data.

No mais, boas compras! 🙂

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Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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