Cientistas criam papel reutilizável que dispensa tinta na impressora

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 1 semana

Em um passado não muito distante, acreditava-se que os meios digitais diminuiriam severamente o uso de papel. Bom, isso não aconteceu e não há sinais de que irá, então o negócio é investigar formas de otimizar o consumo do material. É exatamente isso que um grupo de cientistas chineses fez ao criar este papel que, além de reutilizável, exige apenas água na impressora.

O professor de química Sean Zhang, da Universidade de Jilin, é quem comandou as pesquisas. O grupo desenvolveu um papel composto com um tipo de tinta que, quando seco, fica invisível aos olhos humanos, mas se torna perceptível assim que submetido à umidade.

A partir daí, o grupo adaptou uma impressora convencional para fazê-la disparar jatos de água no papel em vez das tradicionais tintas. Os pontos atingidos começam a reagir à presença do líquido e, assim, ficam visíveis.

Papel com tinta invisível

No material divulgado, percebe-se que a tinta existente no papel tem tom azul claro, mas os pesquisadores afirmam que é possível utilizar corantes de outras cores.

A parte mais interessante é que a tinta fica visível por até 22 horas. Após este período, o papel torna-se todo branco novamente e pode, então, ser utilizado para uma nova impressão. Os pesquisadores estimam que é possível realizar pelo menos 50 impressões com cada folha de papel.

A princípio, pode parecer que um impresso que dura apenas 22 horas não tem muita utilidade, mas o foco da ideia são situações onde o papel é utilizado uma única vez – listas de compras e tópicos de reuniões, por exemplo. Neste sentido, dá até para considerar o uso de canetas à base de água para reaproveitamento de blocos de anotações.

Caneta em uso no papel com tinta invisível

Como se vê, a invenção é ecologicamente correta e pode gerar economia de custos em escritórios ao diminuir o uso de papel convencional e das caríssimas tintas de impressora, embora não seja adequada para documentos ou recibos.

O problema é que ainda há muito trabalho a ser feito para sabermos se este tipo de papel será bem aceito no mercado. Os cientistas querem, a partir de agora, melhorar a intensidade da cor e fazer testes de toxicidade mais precisos.

Com informações: Txchnologist

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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