Projetos de inclusão digital normalmente se propõem a levar internet para comunidades carentes ou oferecer cursos de informática. Só que, desta vez, a Microsoft decidiu apostar em um caminho diferente: mapear favelas para incluí-las no Bing Maps.

A Microsoft deverá levar a iniciativa para comunidades de baixa renda em várias partes do mundo, afinal, nos cálculos da companhia, não há mapeamento em mais de 99% destes locais. Mas o alvo de estudo, no início, está nas favelas brasileiras.

A pergunta que você pode estar se fazendo é: como o mapeamento digital destas localidades poderá beneficiar os seus moradores? De várias formas, mas no ponto de vista de Stefan Weitz, diretor-sênior do Bing, a principal delas é estimular a atividade econômica dentro da própria comunidade.

Favela no Rio de Janeiro

Estes locais podem ser carentes, mas possuem padarias, mercearias, salão de beleza e outros tipos de pequenos negócios, ainda que informais. Com o mapeamento, será possível dar mais visibilidade ou incentivar o acesso a estes estabelecimentos a partir de ferramentas integradas ao Bing Maps, como o Foursquare.

Faz sentido: para a população de baixa renda, telefones celulares têm se mostrado como a principal forma de acesso à internet. Já que as redes móveis já estão cumprindo um papel essencial na inclusão digital, o próximo passo é torná-las mais úteis.

É claro que os desafios são imensos. Há a questão da dificuldade de cobertura em comunidades muito densas, além do risco de problemas de segurança no acesso a locais com forte atuação do crime organizado, por exemplo.

De qualquer forma, os trabalhos já começaram. No post sobre o assunto, a Microsoft explica, sem entrar em detalhes e sem especificar prazos, que uma equipe no Brasil já está empenhada em projetar a infraestrutura necessária para fazer o mapeamento.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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