Estudo aponta para mais contas inativas no Twitter e menos tweets por usuário

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 1 semana

Pesquisadores das Universidades de Northeastern e Brown, nos Estados Unidos, conduziram um estudo para avaliar a evolução do Twitter em seus oito anos de existência. Entre as várias conclusões extraídas, pelo menos duas são dignas de preocupação por parte da empresa: o número de contas inativas cresceu e, ao mesmo tempo, a média de tweets por usuário caiu, ainda que pouco.

Cerca de 1.500 pessoas trabalham na sede do Twitter em San Francisco

O primeiro aspecto já foi apontado em levantamentos de outras empresas. A Twopcharts, por exemplo, publicou neste mês os resultados de uma análise que mostra que o Twitter tem atualmente 955 milhões de contas, mas apenas 13% delas publica pelo menos um tweet por mês.

Dados divulgados pelo próprio Twitter confrontam esta informação mostrando que o número de contas ativas é aproximadamente duas vezes maior, mas ainda preocupante: 241 milhões no final de 2013. A diferença existe porque a empresa considera para a mensuração a quantidade de vezes que os usuários acessaram o serviço por mês, independente de terem publicado mensagens ou não.

No estudo em questão, os pesquisadores avaliaram três bases de dados com tweets publicados entre março de 2006 e dezembro de 2013, praticamente todo o tempo de existência do Twitter. Com volumes de informação tão amplos, eles fizeram a avaliação considerando como inativos os perfis que não publicaram nenhuma mensagem no período de um ano.

A conclusão mostra que, em janeiro de 2013, a proporção de contas nesta situação era de 20%. A estimativa para janeiro de 2014, um ano depois, é a de que este número tenha saltado para quase 35%. Se levarmos em consideração que as contas inativas pularam de 13% para 15% de janeiro de 2011 para o primeiro mês de 2012, fica fácil deduzir que interesse pelo Twitter caiu alarmantemente nos últimos dois anos.

Contas inativas no Twitter

A atividade dos usuários ativos também vem apresentando queda, como informado no início do post, mas de maneira menos preocupante: de meados de 2009 para o início de 2012, a média de tweets por conta pulou de cinco mensagens para 26 por mês, mas vem caindo lentamente desde então, chegando a 21 postagens em janeiro de 2014.

Não há (ainda) motivo para pânico, obviamente, mas estes e outros estudos ajudam a justificar as mudanças que o Twitter vem implementando nos últimos meses para se tornar mais popular. A mais recente delas aposta justamente nas relacionais sociais: marcação de pessoas em fotos e possibilidade de inserir até quatro imagens em um tweet.

Ainda há rumores como o que sugere que o Twitter poderá remover ‘@’ e ‘#’ dos tweets e, claro, os curiosos experimentos, como o que dá um “ar de Facebook” à home do serviço e a aba que exibe apenas tweets de pessoas “favoritadas”.

Convém destacar que o estudo é amplo e não mostra apenas aspectos preocupantes. Eis outras constatações interessantes obtidas pelos pesquisadores, considerando o final de 2013:

  • O número de retweets ultrapassou a quantidade de respostas;
  • 55% das mensagens contêm menções a outros usuários;
  • Links estão presentes apenas entre 10% e 15% dos tweets;
  • a quantidade de mensagens em turco vem aumentando progressivamente desde meados de 2011, talvez por conta da situação política da Turquia;
  • o idioma português também está bastante presente, perdendo apenas para o inglês (líder absoluto), o espanhol e o japonês;
  • O declínio dos PCs também pode ser notado no Twitter: atualmente, mais da metade dos tweets vem de dispositivos móveis.
Idiomas mais usados no Twitter

O resultado completo do estudo está disponível aqui.

Com informações: The Atlantic

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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