Uma banda indie ganhou 20 mil dólares com um álbum mudo no Spotify

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

O Spotify funciona assim: sempre que um usuário ouve uma música durante pelo menos 30 segundos, o serviço paga uma taxa ao artista ou gravadora, que varia de acordo com o país e a porcentagem de ouvintes Premium e fica entre US$ 0,006 e US$ 0,0084. Uma banda dos Estados Unidos chamada Vulfpeck resolveu se aproveitar disso para financiar um tour e conseguiu ganhar cerca de 20 mil dólares.

vulfpeck-sleepify

Em março, o Vulfpeck lançou no Spotify um álbum chamado Sleepify e pediu para que os fãs ouvissem o disco continuamente enquanto dormiam. O detalhe é que o álbum era composto por dez músicas sem nenhum áudio, cada uma com 31 ou 32 segundos de duração e com títulos que iam de Z a Zzzzzzzzzz. Pelas contas do TechCrunch, sete horas de sono seriam suficientes para gerar US$ 6,05 por ouvinte a cada noite. Nada mal.

Com o esforço dos fãs, o pequeno valor de menos de um centavo por execução pago pelo Spotify acabou gerando a receita considerável de cerca de 20 mil dólares. O Vulfpeck agora espera usar o dinheiro no próximo tour da banda, a ser realizado gratuitamente nas áreas que mais tocaram Sleepify — obviamente, agora as músicas terão som.

Mas o Vulfpeck não deve ganhar muito mais que isso: pouco mais de um mês após o lançamento do álbum mudo, o Spotify pediu para que a banda removesse Sleepify do serviço, alegando que o disco violava os termos de conteúdo. Em resposta, a banda removeu o álbum e lançou um novo chamado Official Statement, que explica o que aconteceu com Sleepify e (como não poderia deixar de ser) tem uma música muda de 31 segundos.

Com informações: The VergeVice.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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