Skylock, uma trava que promete usar Wi-Fi e energia solar para proteger a sua bicicleta

Emerson Alecrim
Por
• Atualizado há 2 semanas

O uso da bicicleta como meio regular de transporte – e não apenas como forma de lazer ou esporte – cresce em várias partes do mundo. A notícia ruim é que o interesse de criminosos pelas “magrelas” alheias também. Criado pela Velo Labs, uma startup formada por ex-engenheiros da Boeing e da Jawbone, o Skylock é uma trava (ou cadeado) que se propõe a proteger a sua bike unindo forças com o seu smartphone.

Skylock

Na primeira olhada, o Skylock não difere muito das tradicionais travas em forma de “U” desenvolvidas especificamente para prender bicicletas. Porém, o dispositivo esconde algumas tecnologias que fazem parte do dia a dia de qualquer pessoa que tenha um smartphone ou um tablet.

Bluetooth é uma delas. Este padrão é usado para fazer com que o Skylock se comunique com o smartphone do usuário. Com o aplicativo correspondente (a ser lançado para iOS e Android), o usuário pode destravar o cadeado acionando um botão na tela ou configurando a ferramenta para fazê-lo automaticamente assim que ele se aproximar da bicicleta. Dá inclusive para compartilhar esta “chave digital” com outras pessoas (o que é uma boa ideia para o caso de perda ou roubo do celular).

Graças ao acelerômetro embutido, o Skylock também pode detectar movimentos que sugerem haver alguém tentando destravá-lo e assim enviar uma mensagem de alerta ao seu dono. Para evitar alertas falsos – como o balanço causado por um simples esbarrão -, é possível configurar a sensibilidade do monitoramento.

O único problema é que, para enviar a mensagem, o Skylock precisa estar em uma área que tenha Wi-Fi aberto. Felzimente, nem sempre este aspecto chega a ser uma grande limitação: já há muitos lugares que oferecem redes gratuitas em pontos de interesse, vide o exemplo do projeto Wi-Fi Livre, da capital paulista.

Um detalhe curioso é que o sensor do Skylock também pode ser usado para monitorar acidentes. Se o usuário estiver andando com a bicicleta e cair, o acelerômetro pode ser configurado para identificar o movimento brusco e enviar uma mensagem ao celular perguntando se a pessoa está bem. Se não houver resposta, o app pode então discar para um número de emergência.

A ideia do Skylock não é de todo nova. O TEO, mostrado aqui mesmo no Tecnoblog, surgiu com uma proposta parecida, mas com algumas desvantagens, entre elas, a necessidade de trocar a bateria do dispositivo de tempos em tempos e a possibilidade de o cadeado não abrir se a carga acabar. Não é à toa que a campanha do projeto no Kickstarter não atingiu a meta.

Para evitar problemas como estes, o Skylock utiliza uma bateria alimentada por energia solar. Cada carga completa dura cerca de 30 dias. Se você deixar a trava encostada em algum canto por mais tempo que isso, basta expô-la à luz para reativá-lo, portanto. A Velo Labs parece estar cogitando implementar ainda uma porta microUSB para recargas emergenciais, mas a informação não foi confirmada.

Skylock + Bicicleta

Se vale a pena? Só em casos específicos. O Skylock entrou em pré-venda nesta semana por US$ 139 (começou em US$ 159, na verdade) com as entregas devendo começar em 2015, ocasião em que o preço ficará na casa dos US$ 250. Assim, trata-se de uma opção para empresas que alugam bicicletas ou para ciclista que possuem um modelo bem caro, por exemplo.

Para quem estiver interessado, já é possível fazer encomendas na página oficial do Skylock, mas é bom esperar um pouco: o conteúdo detalhando o projeto sumiu na noite de ontem e até o fechamento deste post não havia sido totalmente restaurado; um xingamento presente ali e que já foi removido sugere que o endereço foi atacado.

Com informações: Mashable

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Canal Exclusivo

Relacionados