O Facebook está trabalhando em otimizações no aplicativo para Android desde o início do ano. O objetivo é melhorar a experiência em países como o Brasil, onde o tráfego de dados móveis custa caro e há muitas pessoas que usam smartphones com baixa capacidade de processamento e armazenamento. Os resultados são animadores: o consumo de dados e o tempo de carregamento foram reduzidos em até 50%.
Para fazer as otimizações, o Facebook realizou testes na África para ver como o aplicativo se comportava em condições reais de uso, com a rede das operadoras locais e os aparelhos geralmente vendidos lá. O gerente de engenharia do Facebook, Alex Sourov, afirma que o aplicativo travava constantemente e o limite de tráfego da operadora, que tinha conexão lenta e intermitente, foi atingido em 40 minutos. Não parece tão diferente da realidade brasileira.
E o que o Facebook fez para melhorar a situação? O primeiro passo foi disponibilizar versões diferentes do aplicativo de acordo com a versão do Android e a resolução de tela do smartphone. Dessa forma, eles conseguem remover recursos que não rodam nesses aparelhos mais baratos e deixar o aplicativo mais leve, não apenas no tamanho, mas também no consumo de processamento. Com o truque, o tamanho do aplicativo do Facebook diminuiu 65%.
Eles também trocaram a tecnologia de compressão de imagens e decidiram adotar o WebP. A qualidade da imagem é praticamente a mesma, mas o tamanho fica de 25% a 35% menor do que se fossem comprimidas em JPEG. Em relação a um PNG, a economia média é ainda maior: 80%. Além disso, antes o Facebook carregava automaticamente a versão de alta resolução da imagem; agora, isso só é feito se o usuário realmente quiser dar zoom.
Se você estiver com o aplicativo do Facebook atualizado, já está se beneficiando com as otimizações. Essas mudanças combinam com as propostas do Internet.org, um projeto que quer levar acesso à internet para as 5 bilhões de pessoas que ainda não estão conectadas. Além do Facebook, empresas como Nokia e Samsung estão participando da iniciativa.
Com informações: TechCrunch, The Next Web.