‘Copa das Selfies’: mais de 26 terabytes foram trafegados em internet móvel nos estádios

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 semanas

Teve Copa sim! E teve muita Copa: as operadoras de telefonia celular registraram enormes resultados quanto ao uso de suas redes. Durante o período do Mundial, o tráfego de dados registrado nos jogos atingiu a marca de 26,7 terabytes. O valor equivaleria a 48,5 milhões de fotos com tamanho médio de 0,55 MB.

O SindiTelebrasil, sindicato que representa as operadoras de telefonia, divulgou o tráfego de dados das principais partidas. A final entre Alemanha e Argentina no Maracanã registrou o recorde de todas as partidas da Copa do Mundo: foram 1,4 terabytes apenas nessa partida. Aliás, ela quase ultrapassou a marca do Super Bowl: a final do campeonato de futebol americano, que ocorreu em fevereiro, registrou um tráfego de 1,6 terabytes em redes celulares.

Sefie do jogador alemão Lukas Podolski, postada ainda dentro de campo
Sefie do jogador alemão Lukas Podolski, postada ainda dentro de campo

Entretanto, o tráfego de dados poderia ter sido ainda maior. Conversei com alguns torcedores que foram prestigiar as seleções nos jogos da Copa do Mundo, e o funcionamento do celular não foi o mesmo para todo mundo. O engenheiro Felipe Braga assistiu a partida entre Grécia e Costa Rica na Arena Pernambuco, em Recife, e disse que o 3G ficou um pouco lento, mas que funcionou normalmente na operadora Oi. A experiência foi um pouco diferente para Jorge Paulo Jr., que conta que o 4G da Vivo funcionou muito bem no Estádio Mané Garrincha, em Brasilia, mas não havia sinal algum de 3G.

Aliás, a tecnologia 4G teve uma participação interessante nos estádios: 25% de todo o tráfego foi realizado nas redes LTE das operadoras – um valor um tanto interessante para redes recém-inauguradas e pouco compatíveis com celulares de estrangeiros. Quem utilizava 4G nos estádios se beneficiava por ficar fora da lentidão, uma vez que a rede estava muito menos congestionada que 3G e 2G.

Para suportar todo esse tráfego de dados, as operadoras instalaram 4.738 antenas para os estádios. Nem todos eles, entretanto, permitiram a instalação das antenas em seu interior por questões de atraso na construção ou por pura burocracia. Mesmo assim, a nova infraestrutura irá servir bem para o futuro: antes da Copa, era bem comum assistir algum jogo dos campeonatos nacionais e regionais e ficar sem conexão. Pode até ser que fique sem conexão novamente, mas a capacidade atual já é bem maior e o congestionamento de rede, portanto, será menor.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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