Geração Broadwell a caminho: Intel revela mais detalhes dos chips Core M

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 1 semana
Chip Broadwell e seus 14 nanômetros
Chip Broadwell e seus 14 nanômetros

Problemas nas linhas de produção e outros contratempos fizeram a Intel adiar várias vezes o lançamento da Broadwell, família de processadores que sucederá os atuais chips Haswell. Mas finalmente entramos em clima de “agora vai”: nesta segunda-feira (11), a companhia revelou mais detalhes da novidade e confirmou, mais uma vez, que os novos chips contarão com o impressionante processo de fabricação de 14 nanômetros.

Não é de se estranhar o atraso. Se os 22 nanômetros dos chips Ivy Bridge e Haswell foram cercados de extrema complexidade, imagine os 14 nanômetros da família Broadwell. Em maio deste ano, a própria Intel, por meio de seu diretor de produção Chuck Mulloy, chegou a reconhecer que está ficando muito difícil avançar em termos de miniaturização.

Mas o esforço valerá a pena. O novo processo de fabricação permitirá à Intel fazer os chips terem os mesmos níveis de desempenho dos processadores Haswell, mas com consumo energético reduzido. De igual forma, a empresa poderá extrair mais capacidade dos chips, mas sem aumentar as exigências de energia.

A empresa faz questão de destacar que os novos SoCs também facilitarão a fabricação de tablets, laptops e híbridos mais finos, com menos de 9 milímetros de espessura. É fácil compreender: menor consumo energético resulta em redução de emissão de calor, assim, os equipamentos poderão dispensar as eficientes, mas relativamente espaçosas ventoinhas.

Talvez você tenha visto o Llama Mountain, um híbrido exibido pela Intel em junho deste ano. O dispositivo é um exemplo de “finura”: sua espessura é de apenas 7,2 milímetros. Para fins de comparação, o iPad Air conta com 7,5 milímetros.

Protótipo Intel Llama Mountain
Protótipo Intel Llama Mountain

O Llama Mountain é equipado com um processador da linha Core M, a primeira baseada na arquitetura Broadwell. Em relação aos SoCs Haswell, o novo chip promete performance até 5% superior no trabalho das CPUs.

Nos demais aspectos, o Core M se diferencia de maneira mais notável em relação à geração Haswell: o chip é 25% menor fisicamente e conta com redução de aproximadamente 30% do consumo de energia, com este número indo para 60% em momentos de ociosidade.

Na prática, estes aspectos indicam que o Core M se enquadra no mesmo patamar dos chips Haswell em relação ao processamento, mas tende a pegar mais leve com a bateria.

Mas não podemos esquecer da parte gráfica: o Core M conta com a oitava geração das GPUs HD Graphics, que consegue, segundo a Intel, apresentar desempenho até 20% maior. Além disso, a geração Broadwell será compatível com as APIs DirectX 11.2, OpenGL 4.3 e OpenCL 2.0. O suporte à resolução 4K também foi confirmado.

É claro que a Intel pretende levar a tecnologia de 14 nanômetros às suas demais linhas, incluindo os chips Atom, Core i3, i5 e i7 e até mesmo os processadores Xeon, mas isso só deve acontecer a partir de 2015. Por ora, a preocupação da companhia está em amenizar o atraso do Core M.

Os primeiros dispositivos baseados neste processador serão tablets a serem lançados entre outubro e dezembro deste ano. Mais detalhes sobre os novos SoCs deverão ser revelados antes disso, em setembro, quando acontece o Intel Developer Forum 2014.

Chip de 22 nanômetros (à esquerda) versus chip de 14 nanômetros
Chip de 22 nanômetros (à esquerda) versus chip de 14 nanômetros

Do evento, podemos esperar informações sobre os modelos, mas pouca ou nenhuma novidade em relação à arquitetura da geração Broadwell. A estratégia “tick-tock” da Intel é a explicação. Com ela, primeiro a companhia implementa uma tecnologia de fabricação menor (tick). Somente a geração seguinte é que combina este processo com uma nova arquitetura (tock).

É o caso aqui: no fundo, os chips Broadwell figuram como processadores Haswell, mas dotados de 14 nanômetros e várias melhorias. Do design, pouca coisa muda, portanto, seu status é “tick”. O “tock” virá na geração seguinte, a Skylake, que combinará os 14 nanômetros com uma arquitetura completamente renovada.

Com informações: Ars Technica, AnandTech

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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