Moto Maxx: a volta da bateria gigante nos smartphones da Motorola

Com preço sugerido de R$ 2.199, Moto Maxx entrega hardware poderoso e uma bateria para durar 40 horas

Paulo Higa
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• Atualizado há 3 semanas
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Dois anos após revelar o RAZR Maxx, um smartphone com bateria de longa duração, a Motorola volta a lançar no Brasil um aparelho direcionado aos usuários que não se contentam com a autonomia dos smartphones atuais. Com bateria de 3.900 mAh, 64 GB de armazenamento interno e tela de 5,2 polegadas, o Moto Maxx promete duração de 40 horas e alto desempenho.

Mesmo com uma bateria de grande capacidade, não senti o Moto Maxx um trambolho nas mãos. No papel, o aparelho parece ser bem espesso e pesado: são 11,2 mm de espessura no ponto máximo e 176 gramas. Durante o uso, no entanto, os números um pouco acima da média não incomodam.

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A traseira, bem diferente do que estamos acostumados, é bonita e passa sensação de robustez. Os nomes pomposos também ajudam: ela é feita de uma camada de fibra de Kevlar, mesmo material usado em coletes à prova de bala, revestida com nylon balístico. O único contra é que esse material me pareceu escorregadio, com pouca aderência nos dedos. Talvez a lateral, que possui um toque meio emborrachado, evite acidentes.

Com Android puro e hardware mais que suficiente para rodar bem qualquer aplicativo, é desnecessário dizer que o Moto Maxx é bem rápido. Tudo é fluido, e alternar entre múltiplos aplicativos abertos é uma tarefa instantânea. O processador quad-core Snapdragon 805 de 2,7 GHz e os 3 GB de RAM fazem um bom trabalho, embora não sejam um upgrade tão significativo em relação ao Moto X.

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A tela AMOLED de 5,2 polegadas realmente agrada e as cores têm saturação na medida certa. Só que a resolução de 2560×1440 pixels, que resulta em uma definição de 565 pixels por polegada, parecem apenas tornar a ficha de especificações técnicas mais atraente — a tela é ótima, mas é quase impossível notar alguma diferença comparando-a lado a lado com o display do Moto X.

Como o Moto X já possui um desempenho suficientemente bom e uma tela de alta qualidade, o chamariz da Motorola para vender o Moto Maxx, além da bateria de longa duração, parece ser a câmera. A Motorola não tem um histórico muito bom em câmeras de celulares, mas parece ter acertado a mão desta vez (finalmente!). Com sensor de 21 megapixels e lente com abertura f/2,0, as fotos me agradaram bastante:

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O sensor é eficiente em capturar detalhes das imagens sem elevar o nível de ruído. E a grande abertura da lente ajuda quando queremos fazer uma foto com baixa profundidade de campo. Ainda precisamos ver como a câmera se comporta com pouca iluminação, mas a primeira impressão é bastante positiva para um aparelho da Motorola.

De acordo com a Motorola, o Moto Maxx é capaz de aguentar até 40 horas longe da tomada. Como o aparelho foi lançado hoje, ainda não foi possível testar isso na prática, mas o número parece realista. Um Moto Maxx que estava em demonstração tinha 87% de carga restante após 1h06min de tela ligada, uma boa marca. O carregador Turbo Motorola, que promete oferecer até seis horas de autonomia com 15 minutos de carga, vem na caixa do aparelho.

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Com preço sugerido de R$ 2.199, o Moto Maxx está com valor bem acima do segundo melhor aparelho da marca, o Moto X, que foi lançado no país por R$ 1.499. É provável que a maioria dos usuários fique satisfeita com o Moto X, que já entrega uma experiência de uso ótima, mas quem deseja uma bateria melhor, uma câmera superior, o dobro do armazenamento e um belo acabamento (e estiver disposto a gastar por isso), deve ter ganhado mais uma opção na lista de compras.

Antes de finalizar estas primeiras impressões, não posso deixar de destacar um detalhe bem peculiar do Moto Maxx: a entrada para colocar o chip da operadora está localizada… no botão de volume!

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Nosso review completo será publicado em breve. O que vocês querem saber sobre o Moto Maxx?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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