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Você deve conhecer o GNOME, um projeto de software livre mais famoso pelo ambiente gráfico usado como padrão em várias distribuições Linux e pela plataforma de desenvolvimento que está por trás de boa parte dos softwares usados no pinguim. O projeto existe há 17 anos, mas está correndo o risco de perder sua marca para o site de compras Groupon — e iniciou uma campanha para arrecadar fundos.

A confusão toda está acontecendo porque o Groupon anunciou em maio um produto chamado Gnome, uma espécie de plataforma de pagamento que funciona em um tablet. Com o Gnome, os donos de restaurantes, por exemplo, podem reconhecer os clientes do Groupon assim que eles entrarem no estabelecimento, resgatar cupons de desconto e fazer os pagamentos com cartões de crédito.

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Só que a GNOME Foundation possui a marca registrada GNOME desde 2006. O Groupon não se atentou a isso e, além de não mudar a marca de sua plataforma de pagamentos, registrou o nome no Escritório de Patentes dos Estados Unidos. Segundo a GNOME Foundation, “era quase inconcebível para nós que o Groupon, com mais de US$ 2,5 bilhões em receita anual, uma equipe jurídica completa e uma enorme equipe de engenharia, não teria ouvido falar do projeto GNOME”.

Para se defender do Groupon, a GNOME Foundation iniciou uma campanha para arrecadar US$ 80 mil. No momento em que escrevo este parágrafo, já foram levantados US$ 21 mil. Se todo esse dinheiro não for necessário, as doações serão usadas para melhorar o GNOME. As contribuições podem ser feitas nesta página.

Atualização às 13h53. O Groupon enviou uma nota ao Engadget afirmando que apoia a comunidade open source e que seus desenvolvedores contribuem ativamente para uma série de projetos de código aberto. A empresa declarou que está disposta a procurar outro nome caso não chegue a um acordo aceitável a ambas as partes com a GNOME Foundation.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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