Após apresentar mais um balanço financeiro trimestral preocupante, a Samsung terminou o mês de outubro reconhecendo que a sua linha de smartphones precisa ser reformulada. E rápido! Como parte das tão necessárias mudanças, a companhia confirmou, nesta terça-feira (18), o plano de reduzir a quantidade de lançamentos de aparelhos a partir de 2015.

Faz sentido. Um dos fatores que fizeram a Samsung ser a líder do mercado de smartphones foi justamente o lançamento de numerosos modelos, a grande maioria com Android – quem nunca ouviu a provocação “mais um dia, mais um Galaxy?”

Mas esta estratégia já não funciona tão bem quanto antes. A Samsung viu rivais como Motorola (principalmente) e Sony ganharem mais destaque justamente por se focarem em menos modelos, o que as permitiu elaborar estratégias mais eficazes de vendas.

Mas o sono da Samsung vem sendo tirado mesmo por companhias chinesas. O avanço de empresas como Xiaomi nos segmentos de smartphones de baixo e médio custos são a principal causa para o declínio das vendas da família Galaxy.

A Samsung não deixou claro quais modelos serão descontinuados, mas seguirá por este caminho justamente para se focar em aparelhos que possam fazer frente aos dispositivos chineses. O que se sabe é que o portfólio da empresa deverá ter entre 25% e 30% de redução.

Ter menos modelos permitirá à Samsung otimizar a gestão de componentes, melhorar a logística, traçar estratégias de marketing mais enérgicas e diminuir custos com desenvolvimento de produtos. Consequentemente, a companhia conseguirá oferecer smartphones com preços mais competitivos.

É uma decisão coerente, não há dúvidas. Mas pode não ser suficiente. A Samsung também precisa renovar a imagem de seus smartphones. O padrão visual atual, com botão físico central na frente e curvas em cantos e bordas, já é tido por muitos como datado, o mesmo valendo para a interface TouchWiz.

A Samsung permanece sendo a líder do mercado com 23,8% de participação. Mas se não esboçar uma reação vigorosa o quanto antes, a empresa correrá o risco de perder este posto em um futuro próximo. Basta considerarmos que, no ano passado, a sua fatia no segmento de smartphones era de 32,5%.

Com informações: WSJ.com

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Relacionados