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Galaxy S6

A Samsung apresentou nesse domingo seus novos smartphones topo de linha em Barceona, na vespera da Mobile World Congress. O Galaxy S6 e o Galaxy S6 Edge são familiares: tratam-se exatamente dos mesmos modelos vazados anteriormente.

Com um novo design e acabamento em vidro e metal, a Samsung finalmente se livra do plástico bastante conhecido nos seus últimos cinco smartphones topo de linha. Não dá pra negar: o acabamento parece muito bom e o telefone está bem bonito. A versão Edge ganha maior destaque, por conta das suas bordas arredondadas.

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A especificação de ambas as versões são as mesmas. O que muda, de fato, é a borda arredondada que traz funcionalidades que podem ser personalizadas.

O novo design dos aparelhos traz um elemento para a linha Galaxy S que já era conhecido em smartphones de outras fabricantes: a bateria deixou de ser removível. Durante o evento, a Samsung afirmou que só fez essa mudança agora por ter a segurança de que seus usuários ficariam satisfeitos com a autonomia de bateria.

Portanto, a bateria é uma novidade no Galaxy S6: a Samsung diz que se trata do smartphone com a carga mais rápida do mundo. Com apenas 10 minutos plugado na tomada, o smartphone consegue autonomia para 4 horas de uso comum. O carregamento completo da bateria também é mais rápido: o S6 leva a metade do tempo que um iPhone 6 demora para uma carga de 0 a 100%.

Já que o smartphone não tem uma traseira removível, o Galaxy S6 e o S6 Edge não possuem slot para cartão de memória. No entanto, existirão versões de 32, GB, 64 GB e 128 GB do Galaxy S6.

Desempenho

A Samsung destaca um melhor trabalho com seu software. Um sistema mais leve e com foco no essencial toma o lugar do TouchWiz cheio de aplicativos pesados e dispensáveis. No entanto, se você espera uma interface pura do Google, pode ir tirando o cavalinho da chuva: todo o design foi feito pela Samsung, algo de praxe da fabricante para estabelecer a identidade da marca no Android.

As melhorias de software também devem casar com o novo hardware do Galaxy S6. As mudanças são profundas, e começam com um processador 64 bits de 14 nm com 8 núcleos de processamento. Conforme adiantamos anteriormente, esse novo chip é capaz de melhorar o desempenho e também o consumo de energia. O Galaxy S6 possui 3 GB de memória LPDDR4, o que deixaria o smartphone significativamente mais rápido em relação a outros.

A memória de armazenamento também é mais rápida que a de outros dispositivos, uma vez que se trata de uma tecnologia que combina o uso de SSD – usado em computadores – e eMMC, que é a tecnologia padrão de armazenamento em smartphones.

Com toda a melhoria no software e no hardware, é de se esperar que o Galaxy S6 seja extremamente rápido, algo que confirmaremos com tempo quando surgirem os primeiros reviews do aparelho.

Tela e câmera

O Galaxy S6 possui uma tela Super AMOLED de 5,1 polegadas com resolução Quad HD. São 577 pixels por polegada, concentração alta o suficiente para trazer imagens vívidas e de qualidade. Com um altíssimo brilho (600 cd/m2), essa tela permite que o usuário enxergue o seu conteúdo sem problemas em ambientes com bastante iluminação.

Tanto a câmera frontal como a câmera traseira receberam diversos upgrades. Ambas possuem abertura de f/1,9, significando uma melhor qualidade para fotos em ambiente com baixa luminosidade e um melhor controle sobre profundidade de campo. Assim como nos Galaxy S5, o S6 também possui HDR em tempo real, o que permite ver o resultado final antes mesmo de tirar a foto.

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O S6 também ganhou o OIS, estabilizador ótico de imagens – veja uma explicação completa sobre a tecnologia no review do iPhone 6 Plus e a câmera fica ligada durante “todo o tempo”, mas em standby. Isso garante que um menor tempo até abrir a câmera, evitando que você perca momentos rápidos.

A câmera traseira tem um sensor de 16 megapixels, contra 5 megapixels da câmera frontal. A câmera frontal ainda possui um ângulo maior, permitindo que selfies consigam captar mais elementos em uma cena, ótimo para fotos em grupo. Um novo atalho para abrir a câmera deve facilitar a vida de muita gente: basta apertar o botão Home duas vezes enquanto o smartphone estiver travado que a câmera abre instantaneamente.

Samsung Pay

O lançamento da linha Galaxy S6 trouxe uma surpresa (ou não) para os consumidores: a Samsung desenvolveu sua própria tecnologia de pagamento. Isso não é nada surpreendente e é a deixa da Samsung para se posicionar junto a Apple, que tem roubado a cena nos últimos tempos da era de pagamentos móveis.

O maior trunfo da Samsung é que o Samsung Pay funciona tanto com máquinas compatíveis com NFC quanto com máquinas mais antigas, sem suporte ao padrão. Isso tudo só existe porque a Samsung comprou a LoopPay, uma startup que desenvolveu uma case de iPhone onde o usuário é capaz de agregar seus cartões de crédito e fazer pagamentos apenas encostando o telefone próximo ao trilho de cartões magnéticos.

Por mais gambiarra que isso pareça, essa tecnologia é extremamente tentadora, principalmente para o mercado americano. Por lá, pouco mais de 220 mil máquinas de cartões são compatíveis com NFC, representando cerca de 10% de todos os terminais. No Brasil, o parque de máquinas de cartão é muito mais evoluído que nos Estados Unidos: mais de 1 milhão de terminais de pagamento brasileiros já são compatíveis com o pagamento por NFC.

A Samsung firmou parceira com diversos bancos americanos para que o serviço consiga atender o maior número possível de pessoas e deve ser lançado por lá no segundo semestre de 2015. Alguns bancos brasileiros já estão em conversas com a Apple para trazer o Apple Pay para o Brasil, e isso deve fomentar o interesse da Samsung para fazer o mesmo aqui no país.

O nosso editor Paulo Higa está em Barcelona para acompanhar as novidades da MWC de perto. Veja um hands-on dos novos aparelhos.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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