YouTube

Um estudo divulgado no final de 2014 indica que Netflix e YouTube respondem pela metade do tráfego de dados dos Estados Unidos em horários de pico. Essa fatia tende a aumentar à medida que transmissões em altíssima resolução (olá, 4K) conquistam espaço. Para lidar com tamanha demanda, o Google está apostando em um codec que reduz drasticamente a quantidade de dados de um vídeo: o VP9.

Em um post no blog do YouTube para desenvolvedores, a empresa explica que, no último ano, mais de 25 bilhões de horas de vídeos foram consumidas no serviço por intermédio do VP9.

É possível que o uso do codec tenha se intensificado nos últimos meses: em janeiro, o YouTube passou a reproduzir vídeos em HTML5 por definição e, com isso, habilitou o VP9 como padrão, principalmente em vídeos de alta definição.

Há uma boa razão para isso: segundo o Google, o VP9 consegue diminuir pela metade a quantidade de dados de cada vídeo. O trabalho de compressão é feito sem prejudicar severamente a qualidade do material.

Graças a essas características, o VP9 tem ajudado o Google a não responder por uma faixa ainda maior do volume de dados trafegados na internet todos os dias. Mas o maior beneficiado é o usuário: com o codec, uma transmissão que só funcionava bem em 480p, por exemplo, pode ser feita em 720p sem necessidade de largura de banda adicional.

VP9 (à esquerda) versus H.264
VP9 (à esquerda) versus H.264

O VP9 tem sido especialmente útil em países cujos serviços de acesso à internet são predominantemente lentos. Adivinha? É o caso Brasil: por aqui, quase 40% dos usuários com conexões ruins estão conseguindo assistir a vídeos no YouTube com resolução de pelo menos 360p. É pouco? Sim, mas é “menos pior” que 240p ou 144p (argh!).

A melhor parte é que o VP9 é um padrão aberto e gratuito, portanto, pode ser adotado por qualquer organização. O Firefox, por exemplo, já suporta nativamente o codec; fabricantes como Sharp e LG estão levando o VP9 às suas TVs.

Apesar disso, uma adoção massiva do codec não deve acontecer tão rápido assim. Fabricantes de dispositivos móveis, por exemplo, têm resistido à ideia por várias razões, entre elas, a dificuldade para fazer decodificação via hardware, aspecto importante para evitar degradação do desempenho e gasto excessivo de energia.

Dá para saber mais sobre o VP9 nesta página.

Com informações: TechCrunch

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Canal Exclusivo

Relacionados