Espaço de coworking: vale a pena?

O home office está se tornando uma possibilidade oferecida pelas empresas, mas não é para todo mundo

Henrique Pinheiro Sá
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• Atualizado há 1 ano
coworking

Nas profissões com maior flexibilidade, o trabalho remoto se tornou uma interessante opção oferecida aos funcionários. Em algumas empresas pequenas, ter um escritório dedicado nem é uma opção pela falta de dinheiro. Só que como o home office não é para todo mundo: existe uma outra opcão, o espaço de coworking.

No primeiro Tecnocast, falamos sobre trabalho remoto e as vantagens do home office sobre o tradicional escritório. Escapar do trânsito, ter flexibilidade de horários, conforto, muito mais do que simplesmente “não ter que ver a cara do chefe”. Vários desses benefícios também estão presentes em um espaço comunitário, mas será que é uma boa alternativa em relação ao trabalho em casa?

Um espaço de coworking geralmente é composto por três elementos principais: mesas sem divisórias, Wi-Fi e café. O que diferencia um do outro é se a mesa é particular, se oferece acesso 24 horas, vaga na garagem, dentre outras características. Estando em um espaço rodeado por pessoas que não são somente seus colegas de trabalho, você pratica o famoso networking, criando relacionamentos pessoais e de negócios.

Sala do Fred, espaço de coworking em Belo Horizonte
Sala do “Fred”, espaço de coworking em Belo Horizonte

A clara separação de um local de trabalho para um de lazer (sua casa) faz com que muitas pessoas se tornem mais focadas e produtivas. Além disso, não ter que ligar para o suporte técnico da Oi quando sua internet cai é muito benéfico para a produtividade. Os bons espaços contam com pessoal de plantão para resolver pepinos como esse. Nesse último caso, quando ficamos por 30 minutos sem internet em um espaço que trabalhei, ganhamos até pizza no almoço como pedido de desculpas. Nada mal!

Só não pode ser bagunçado assim.
Só não pode ser bagunçado assim.

As empresas baseadas em espaços de coworking também têm essas vantagens. Não há a necessidade de contratar um funcionário para lidar com esses perrengues pequenos, e as pessoas que trabalham do seu lado podem ser ótimas para dar um feedback rápido ou até mesmo se tornarem clientes.

Outro detalhe nesses espaços que me chamou a atenção foram alguns mentores pagos por hora para opinar no seu negócio. Imaginei que não haveria muitos clientes dispostos a pagar por um serviço desse gênero, mas eles contavam sempre com a agenda cheia.

Espaços assim ainda são bastante restritos aos grandes centros urbanos do país, portanto são ainda raros, apesar de estarem crescendo. Isso torna o trânsito até eles em vários casos tão inconveniente quanto para os escritórios que as pessoas tentam evitar. E o home office ainda tem as vantagens usuais, como comida mais barata. Isto é, se você lembrou de passar no supermercado.

Espaços assim ainda são raros, só encontrados nos grandes centros urbanos.

Pessoalmente, curti muito minhas experiências de trabalhar em lugares assim. Tudo depende da distância e do preço. Em Belo Horizonte, no final do ano passado, minha empresa não conseguiu achar um mais barato que R$ 700 por cabeça, preço muito superior às alternativas gringas. Agora, poucos meses depois, espaços pela metade do preço já são encontrados — claro sinal de que um valor tão exorbitante não é sustentável, e que irá diminuir conforme mais pessoas optem por essa modalidade de trabalho.

E você, tem experiências com um espaço de coworking? E com home office?

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Henrique Pinheiro Sá

Henrique Pinheiro Sá

Estudante de Ciência da Computação, tem 19 anos, e gosta de gadgets variados, eletrônica, jogos e música. Trabalha com desenvolvimento de software e formata os computadores da família. (@henriquepss).

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