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O final de semana foi marcado por uma confusão na comunicação da Microsoft: a empresa publicou um texto sugerindo que os beta testers do Windows 10, mesmo aqueles que não possuem uma licença original do Windows, receberiam a versão final de graça. Horas depois, a Microsoft mudou sua declaração para mostrar que não era bem assim. Afinal, como isso funcionará?

Após a grande repercussão do caso na mídia, a Microsoft esclareceu na tarde desta segunda-feira (22) a questão da suposta gratuidade do Windows 10 no blog oficial do Windows. A resposta curta é: sim, você poderá usar o novo sistema operacional gratuitamente, mesmo sem possuir uma licença genuína de uma versão anterior do Windows.

A resposta longa é: os beta testers do Windows 10 poderão continuar usando o Windows 10 de graça, desde que continuem sendo beta testers (e continuem usando versões instáveis de desenvolvimento, portanto). Isso acontecerá porque os atuais participantes do Windows Insider receberão regularmente novas builds de teste do Windows 10, que são pré-ativadas.

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Gabe Aul, chefe do Programa Windows Insider, esclarece:

“Se você quiser continuar no Windows Insider depois do dia 29 de julho, não precisa fazer nada. Você já está dentro do programa e recebendo builds no anel Fast ou Slow, dependendo da sua escolha. Este é um software de pré-lançamento e está ativado com uma chave de pré-lançamento. Cada build expirará depois de um tempo, mas você continuará recebendo novas builds, então, quando uma expirar, você já terá recebido uma nova. Como nós estamos dando continuidade ao Programa Windows Insider, você será capaz de continuar recebendo novas builds, e as builds continuarão ativadas dentro dos termos do Programa Windows Insider”.

Em outras palavras, o Windows 10 será oferecido “gratuitamente”. O seu “pagamento” é ajudar nos testes das futuras versões de desenvolvimento do Windows 10. Os anéis de distribuição definem se você quer receber as novas versões de teste o mais rápido possível (Fast) ou se deseja instalar apenas versões previamente testadas, mas ainda de desenvolvimento (Slow); eles podem ser configurados no Painel de Controle, como na tela abaixo:

Para escolher o anel, entre no Painel de Controle, acesse "Atualizar e segurança" e clique em "Opções avançadas" na seção Windows Update
Para escolher o anel, entre no Painel de Controle, acesse “Atualizar e segurança” e clique em “Opções avançadas” na seção Windows Update

Apesar da boa notícia, oficialmente a Microsoft não incentiva que os usuários de Windows piratas usem esse método: “Deixe-me começar reafirmando de forma muito clara que o Windows 10, tanto para quem obtê-lo no dia 29/7 quanto pelo Windows Insider, é destinado a ser instalado em dispositivos Windows genuínos”. Faz sentido, já que uma postura diferente poderia gerar atritos com os parceiros da Microsoft ou até mesmo incentivar que usuários inexperientes se aventurem em versões instáveis do Windows, que podem causar perda de dados e outros problemas típicos de softwares inacabados.

Caso queira deixar o Windows Insider para usar apenas versões estáveis do Windows 10, você deverá seguir a mesma política de atualização que a Microsoft já havia anunciado anteriormente — ou seja, o Windows 10 será gratuito e permanecerá ativado caso você atualize, no primeiro ano após o lançamento, a partir de uma máquina com Windows 7 ou Windows 8.1 genuínos.

Para participar do Programa Windows Insider, inscreva-se nesta página, faça o download do Windows 10 (build 10130) no site da Microsoft e instale o sistema operacional. Desde que você esteja disposto a colaborar no desenvolvimento do Windows ao testar versões instáveis na sua máquina, ele não será cobrado.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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